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TÊNIS
Norte-americano, que pode igualar recorde de títulos em Grand Slams, é o favorito disparado em casa de apostas
Sampras vira "barbada" em Wimbledon
da Reportagem Local
e das agências internacionais
As apostas na tradicional casa inglesa William Hill podem ser consideradas um bom termômetro.
Lá, a grande ""barbada" para conquistar o Torneio de Wimbledon
se chama Pete Sampras. Quem
acreditar nele pode ganhar 2,35 vezes o valor apostado.
Seu favoritismo é tamanho que
Tim Henman, o segundo mais bem
cotado, tem, na matemática dos
apostadores, menos de um terço
das chances de Sampras: pelo inglês, a casa paga oito por um.
É justificada a crença em Sampras para Wimbledon, única competição do Grand Slam (principal
série do tênis) jogada na grama.
Atual bicampeão do torneio inglês, o norte-americano chega à
competição na condição em que
mais esteve nos últimos anos: no
topo do ranking mundial.
Como manterá a liderança por
mais duas semanas, Sampras, 27,
se tornará um dos dois jogadores
que por mais tempo foram número um do mundo (270 semanas)
-o mesmo que Ivan Lendl (EUA).
Se levantar a taça de novo, isolar-se-á nesse ranking histórico.
No torneio londrino, que já venceu cinco vezes, o norte-americano, considerado o jogador da década, pode empatar em número de
conquistas de Grand Slam com o
australiano Roy Emerson, o maior
vencedor, com 12 títulos.
Neste ano, é verdade, Sampras
não vem bem. Ficou boa parte do
tempo afastado do topo da lista,
penando com problemas físicos
(que o levaram a desistir do Aberto
da Austrália, em janeiro).
Mas, iniciada a temporada de
grama, neste mês, deu sinais de
que a velha forma pode estar de
volta. Conquistou o Torneio de
Queen's, importante competição
preparatória para Wimbledon.
"Os Grand Slams são tudo para
mim. São o que me deixa motivado. E em Wimbledon eu me sinto
confiante. Sempre", disse ele. "E,
se estiver jogando bem, será muito
difícil, para qualquer um, me vencer", afirmou o norte-americano.
A partir de amanhã, Sampras terá a chance também de encerrar de
vez uma "dúvida" que surgiu após
seu compatriota Andre Agassi ter
vencido Roland Garros: quem é o
melhor jogador da atual geração?
Com a conquista francesa, Agassi obteve um feito que Sampras
não tem: tornou-se o quinto jogador na história -e o primeiro nos
últimos 30 anos- a ter todos os títulos do Grand Slam.
Para vencer o torneio inglês, no
entanto, ele terá de remar contra
uma tendência histórica: na era
aberta (profissional) do tênis, a
partir de 1968, apenas dois jogadores venceram Roland Garros e
Wimbledon no mesmo ano: Bjorn
Borg e Rod Laver.
Além de Sampras, Agassi e Henman, aparecem também com boas
chances o holandês Richard Krajicek e o australiano Patrick Rafter.
Krajicek, atual quinto colocado
no ranking mundial, já venceu o
torneio uma vez, em 1996, e no ano
passado chegou às semifinais.
Já Rafter (segundo do mundo),
apesar de jogar bem em quadras
rápidas -é o atual bicampeão do
Aberto dos EUA-, diz não gostar
de jogar na grama. Em Wimbledon, jamais conseguiu chegar às
quartas-de-final.
Fora do grupo dos favoritos, o
grande destaque da edição deste
ano é a despedida de um dos jogadores que mais se identificam com
o torneio: o alemão Boris Becker,
31, atual 79º do mundo.
Três vezes campeão e com quatro vices, Becker, um dos mais importantes e carismáticos jogadores
da atual geração, surgiu para o tênis em Wimbledon -em 1985, aos
17 anos, tornou-se o mais jovem
vencedor do torneio, o primeiro
alemão a ganhar e o primeiro não-cabeça-de-chave campeão.
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