São Paulo, sexta-feira, 20 de julho de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

na rede

Com "goleada" santista, clássico acaba empatado

Nos dois gols do Palmeiras, a bola bateu em atletas do Santos antes de entrar

Palmeiras 2
Santos 2

RENAN CACIOLI
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

O Santos fez quatro, mas não goleou. Confuso? O motivo é simples. No clássico das jogadas duvidosas e lances esquisitos, o time da Vila Belmiro balançou duas vezes as redes de Diego Cavalieri. O problema é que fez o mesmo do outro lado e, em dois desvios de seus próprios atletas, deixou tudo igual.
O goleiro Fábio Costa teve de engolir um empate que veio aos 47min da etapa final.
"Paciência, isso acontece em clássico", conformou-se o camisa 1, após o árbitro apitar o final do confronto e deixar o Parque Antarctica sob vaias.
Se a qualidade não foi característica marcante no primeiro tempo do clássico, vontade não faltou em ambos os times.
O Palmeiras veio diferente dos últimos jogos. Em vez do conservador esquema 3-6-1, com apenas Luís no ataque, o técnico Caio Júnior optou por um homem a mais na frente -Luiz Henrique- e tirou o volante Wendel do time.
Empurrados pela torcida, os donos da casa até começaram melhor, mas uma falha feia do goleiro Diego pôs o Santos no jogo. Aos 10min, Kléber arriscou de longe e o arqueiro palmeirense aceitou: 1 a 0. "Fui mal na bola e assumo a falha", admitiu o palmeirense.
A partir daí, os visitantes tomaram controle do meio-campo, com Rodrigo Souto atuando muito bem no desarme.
Mas, justamente quando era mais pressionado, o Palmeiras achou o empate. Aos 18min, Paulo Sérgio cobrou falta da direita, na cabeça de Nen. Depois do desvio, a bola bateu no santista Marcelo antes de entrar. O gol, entretanto, foi dado ao zagueiro palmeirense.
O clássico ganhou velocidade. O Santos quase marcou aos 32min. Marcos Aurélio tabelou com Rodrigo Tabata e chutou no poste de Diego.
Questionado o tempo todo pelos dois treinadores, o árbitro Sálvio Spínola Fagundes Filho transformou-se no protagonista do terceiro gol da noite.
Já aos 45min, ele marcou falta duvidosa a favor do Santos no lado esquerdo. Na batida, Pedrinho, livre na área, marcou de cabeça. No apito final, protestos e até um cerco palmeirense ao juiz. "Na falta que ele deu para os caras, é que acabou saindo o gol", reclamou Nen.
Com os ânimos apaziguados, o Palmeiras voltou desligado na etapa final. Diego precisou salvar a pátria com duas defesas difíceis em conclusões de Rodrigo Tabata e Marcos Aurélio.
A pressão santista foi a senha para a torcida chamar por Edmundo, que, aos 15min, entrou no lugar de Leandro. Wendel substituiu Paulo Sérgio.
Vanderlei Luxemburgo, por sua vez, tirou Pedrinho e Tabata e pôs Vitor Júnior e Kléber Pereira, que fez sua primeira partida pelo time da Vila.
Eletrizante, o clássico reservou o melhor para os acréscimos. Em outra jogada esquisita, Wendel cruzou para Martinez. Após o cabeceio do meia, a bola bateu em Rodrigo Souto e entrou. Gol contra pela segunda vez na noite. "Foi emocionante. O resultado foi justo, não merecíamos sair perdedores", disse Martinez.
No domingo, o Palmeiras enfrenta o Paraná, fora. O Santos recebe o Figueirense, na Vila.


Texto Anterior: Painel FC
Próximo Texto: Frase
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.