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na rede
Com "goleada" santista, clássico acaba empatado
Nos dois gols do Palmeiras, a bola bateu em atletas do Santos antes de entrar
Palmeiras 2
Santos 2
RENAN CACIOLI
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
O Santos fez quatro, mas não
goleou. Confuso? O motivo é
simples. No clássico das jogadas duvidosas e lances esquisitos, o time da Vila Belmiro balançou duas vezes as redes de
Diego Cavalieri. O problema é
que fez o mesmo do outro lado
e, em dois desvios de seus próprios atletas, deixou tudo igual.
O goleiro Fábio Costa teve de
engolir um empate que veio aos
47min da etapa final.
"Paciência, isso acontece em
clássico", conformou-se o camisa 1, após o árbitro apitar o final do confronto e deixar o Parque Antarctica sob vaias.
Se a qualidade não foi característica marcante no primeiro
tempo do clássico, vontade não
faltou em ambos os times.
O Palmeiras veio diferente
dos últimos jogos. Em vez do
conservador esquema 3-6-1,
com apenas Luís no ataque, o
técnico Caio Júnior optou por
um homem a mais na frente
-Luiz Henrique- e tirou o volante Wendel do time.
Empurrados pela torcida, os
donos da casa até começaram
melhor, mas uma falha feia do
goleiro Diego pôs o Santos no
jogo. Aos 10min, Kléber arriscou de longe e o arqueiro palmeirense aceitou: 1 a 0. "Fui
mal na bola e assumo a falha",
admitiu o palmeirense.
A partir daí, os visitantes tomaram controle do meio-campo, com Rodrigo Souto atuando
muito bem no desarme.
Mas, justamente quando era
mais pressionado, o Palmeiras
achou o empate. Aos 18min,
Paulo Sérgio cobrou falta da direita, na cabeça de Nen. Depois
do desvio, a bola bateu no santista Marcelo antes de entrar. O
gol, entretanto, foi dado ao zagueiro palmeirense.
O clássico ganhou velocidade. O Santos quase marcou aos
32min. Marcos Aurélio tabelou
com Rodrigo Tabata e chutou
no poste de Diego.
Questionado o tempo todo
pelos dois treinadores, o árbitro Sálvio Spínola Fagundes Filho transformou-se no protagonista do terceiro gol da noite.
Já aos 45min, ele marcou falta duvidosa a favor do Santos
no lado esquerdo. Na batida,
Pedrinho, livre na área, marcou
de cabeça. No apito final, protestos e até um cerco palmeirense ao juiz. "Na falta que ele
deu para os caras, é que acabou
saindo o gol", reclamou Nen.
Com os ânimos apaziguados,
o Palmeiras voltou desligado na
etapa final. Diego precisou salvar a pátria com duas defesas
difíceis em conclusões de Rodrigo Tabata e Marcos Aurélio.
A pressão santista foi a senha
para a torcida chamar por Edmundo, que, aos 15min, entrou
no lugar de Leandro. Wendel
substituiu Paulo Sérgio.
Vanderlei Luxemburgo, por
sua vez, tirou Pedrinho e Tabata e pôs Vitor Júnior e Kléber
Pereira, que fez sua primeira
partida pelo time da Vila.
Eletrizante, o clássico reservou o melhor para os acréscimos. Em outra jogada esquisita, Wendel cruzou para Martinez. Após o cabeceio do meia, a
bola bateu em Rodrigo Souto e
entrou. Gol contra pela segunda vez na noite. "Foi emocionante. O resultado foi justo,
não merecíamos sair perdedores", disse Martinez.
No domingo, o Palmeiras enfrenta o Paraná, fora. O Santos
recebe o Figueirense, na Vila.
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