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Ataque fraco expõe crise do São Paulo
Time tem 3º pior início no
setor ofensivo em Nacionais
DA REPORTAGEM LOCAL
Passar 6 das 12 rodadas do
Campeonato Brasileiro sem fazer gols seria preocupante em
qualquer time. No atual campeão, então, recheado de atacantes, o baixo poder de fogo já
detonou a crise ofensiva.
O São Paulo de Aloísio, Dagoberto, Borges, Leandro, Marcel
e, mais recentemente, Diego
Tardelli balançou as redes adversárias somente nove vezes
na competição nacional.
A atual linha de frente do
Morumbi aproxima-se, assim,
às piores marcas "matadoras"
de sua história em Nacionais.
Em 1988, o time anotou sete
vezes após 12 jogos disputados
no Brasileiro. Na seqüência dos
piores ataques, vêm os de 1971
(oito) e 1995 (nove). Já o início
mais arrasador foi o de 1982,
com 34 tentos anotados.
"Está faltando um pouco
mais de cada um. Os jogadores
têm que se esforçar mais em
campo para mudar essa situação", disse Tardelli, o mais novo da turma ruim de pontaria
do time -reintegrado após passar pelo futebol holandês.
A fraquíssima campanha
ofensiva são-paulina fica melhor explicada quando o artilheiro da equipe no torneio é o
goleiro. Rogério fez três gols,
todos de pênalti.
Entre os atacantes, Borges e
Dagoberto são os que têm melhor aproveitamento -dois
gols cada um. Aloísio também
já deixou o seu uma vez, mas as
constantes lesões têm atrapalhado a seqüência do jogador.
Ruim com eles, pior sem eles.
Após a derrota por 1 a 0 para o
Fluminense, anteontem, no
Morumbi, Marcel decidiu deixar o clube e seu destino deverá
ser o Grêmio, onde um outro
ex-atacante do São Paulo,
Amoroso, também está.
"Estou saindo, porque não
fui aproveitado da melhor maneira. Não tive chances. Deixo
as portas abertas, mas vou procurar outro lugar para trabalhar", disse o atleta, que chegou
ao clube em fevereiro.
Enquanto os rivais estaduais
penaram para encontrar seus
artilheiros antes do Brasileiro
começar, o São Paulo vivia situação tranqüila. A contratação
de Dagoberto por cerca de R$
5,4 milhões fechou uma lista de
jogadores da posição que colocava o clube em lugar privilegiado em relação aos demais.
Com a bola rolando, porém, a
teoria logo se mostrou inútil. A
marca são-paulina neste Nacional é a mesma do América-RN, vice-lanterna da competição com sete pontos e que também tem o pior ataque.
Para ter uma idéia de como a
produção do time encontra-se
muito abaixo da concorrência,
os três primeiros colocados no
campeonato já chegaram aos
dois dígitos quando o assunto é
balançar as redes.
O líder Botafogo fez 23 tentos, seguido do Goiás, que anotou 21, e do Cruzeiro, que tem o
melhor ataque, com 27 gols feitos.
(RENAN CACIOLI E TONI ASSIS)
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