São Paulo, sexta-feira, 20 de julho de 2007

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Ataque fraco expõe crise do São Paulo

Time tem 3º pior início no setor ofensivo em Nacionais

DA REPORTAGEM LOCAL

Passar 6 das 12 rodadas do Campeonato Brasileiro sem fazer gols seria preocupante em qualquer time. No atual campeão, então, recheado de atacantes, o baixo poder de fogo já detonou a crise ofensiva.
O São Paulo de Aloísio, Dagoberto, Borges, Leandro, Marcel e, mais recentemente, Diego Tardelli balançou as redes adversárias somente nove vezes na competição nacional.
A atual linha de frente do Morumbi aproxima-se, assim, às piores marcas "matadoras" de sua história em Nacionais.
Em 1988, o time anotou sete vezes após 12 jogos disputados no Brasileiro. Na seqüência dos piores ataques, vêm os de 1971 (oito) e 1995 (nove). Já o início mais arrasador foi o de 1982, com 34 tentos anotados.
"Está faltando um pouco mais de cada um. Os jogadores têm que se esforçar mais em campo para mudar essa situação", disse Tardelli, o mais novo da turma ruim de pontaria do time -reintegrado após passar pelo futebol holandês.
A fraquíssima campanha ofensiva são-paulina fica melhor explicada quando o artilheiro da equipe no torneio é o goleiro. Rogério fez três gols, todos de pênalti.
Entre os atacantes, Borges e Dagoberto são os que têm melhor aproveitamento -dois gols cada um. Aloísio também já deixou o seu uma vez, mas as constantes lesões têm atrapalhado a seqüência do jogador.
Ruim com eles, pior sem eles. Após a derrota por 1 a 0 para o Fluminense, anteontem, no Morumbi, Marcel decidiu deixar o clube e seu destino deverá ser o Grêmio, onde um outro ex-atacante do São Paulo, Amoroso, também está.
"Estou saindo, porque não fui aproveitado da melhor maneira. Não tive chances. Deixo as portas abertas, mas vou procurar outro lugar para trabalhar", disse o atleta, que chegou ao clube em fevereiro.
Enquanto os rivais estaduais penaram para encontrar seus artilheiros antes do Brasileiro começar, o São Paulo vivia situação tranqüila. A contratação de Dagoberto por cerca de R$ 5,4 milhões fechou uma lista de jogadores da posição que colocava o clube em lugar privilegiado em relação aos demais.
Com a bola rolando, porém, a teoria logo se mostrou inútil. A marca são-paulina neste Nacional é a mesma do América-RN, vice-lanterna da competição com sete pontos e que também tem o pior ataque.
Para ter uma idéia de como a produção do time encontra-se muito abaixo da concorrência, os três primeiros colocados no campeonato já chegaram aos dois dígitos quando o assunto é balançar as redes.
O líder Botafogo fez 23 tentos, seguido do Goiás, que anotou 21, e do Cruzeiro, que tem o melhor ataque, com 27 gols feitos. (RENAN CACIOLI E TONI ASSIS)


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