São Paulo, segunda-feira, 20 de julho de 2009

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JUCA KFOURI

Folga corintiana


Enquanto o Palmeiras lidera, o São Paulo reage e o Santos afunda neste Brasileiro, o Corinthians folga demais


O CORINTHIANS é o time do momento. Ganhou as duas competições que disputou no primeiro semestre e não só viu o Cruzeiro morrer aos pés do Estudiantes, como ainda por cima o derrotou ontem na casa dele por 2 a 1. Que poderiam ter sido 5 a 1. Ou 2 a 2.
E é aí que mora o perigo de uma eventual soberba alvinegra.
Porque o time teve todas as chances de liquidar o Cruzeiro a partir do momento em que o time mineiro ficou reduzido a 10 jogadores, antes do 30º minuto do primeiro tempo.
O time de Mano Menezes, que há três meses não vencia fora de São Paulo, deixa duas impressões que precisam ser analisadas: uma, a de que acha que ganha quando quiser, o que o leva a levar pauladas como a que levou do Grêmio, ou a complicar jogos ganhos, como aconteceu na final da Copa do Brasil com o Inter e, no meio da semana, contra o Sport.
Assim aconteceu também diante do desfalcado e traumatizado Cruzeiro no Mineirão.
O Corinthians desperdiçou tantas chances, errou tanto no último passe, principalmente com Morais, que a displicente perda do pênalti cobrado por Ronaldo parece ser mais a marca registrada do time do que aquela que realmente deve ser, a dos gols e passes decisivos do Fenômeno, como, paradoxalmente, aconteceu de novo no Mineirão.
A segunda impressão talvez resolva a primeira: o capitão William faz muita falta, tamanha a sua liderança tranquila, a sua orientação firme e o seu senso de colocação.
Porque, para ser justo, se o Corinthians poderia ter vencido com tranquilidade, o empate do Cruzeiro, que Chicão e Felipe salvaram no derradeiro minuto, estaria longe de ser uma injustiça. Ao contrário, seria um prêmio à seriedade de Kléber e seus companheiros e um merecido castigo aos campeões paulistas e da Copa do Brasil.
Que têm tudo para levantar o pentacampeonato brasileiro, desde que parem de se achar mais do que são, ou de terem certeza de que são os reis da cocada preta.
Porque este reinado estará vago até o fim de temporada de 2009.

Verde Jorginho
Quanto tempo durarão o bom futebol e a entrega total do time do Palmeiras é impossível dizer.
Mas basta ter olhos para ver que o time não se limita a jogar bem neste momento e em nome de seu novo técnico, o vivido, e sofrido, e respeitabilíssimo Jorginho.
Mais: por contraditório que pareça, o sério treinador tem em suas mãos um time que esbanja alegria dentro do campo.
E quem trabalha com alegria trabalha muito melhor.

Reação tricolor
Nem foi preciso jogar muito para derrotar o combalido Santos no desértico Morumbi, com apenas 11 mil torcedores.
Mas os dois gols de Washington e a camaradagem entre o artilheiro que andava triste com o companheiro Dagoberto podem significar o início de uma nova fase do São Paulo, ainda mais que se aproxima a volta de quem faz mais falta no time, o comandante Rogério Ceni.

E o Santos?
É o favorito ao Paulistinha-2010.

blogdojuca@uol.com.br

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