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VÔLEI DE PRAIA
Presidente do COB criticou o desempenho do esporte nos Jogos
Duplas do Pan retrucam Nuzman
DA REPORTAGEM LOCAL
As críticas do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro irritaram as duplas de vôlei de praia
que foram ao Pan-Americano.
Ontem, em duas cartas públicas,
elas responderam às declarações,
que classificaram como "falta de
consideração" e "deselegantes".
No balanço final da participação do país nos Jogos, Carlos Arthur Nuzman, disse que o desempenho do vôlei ficou aquém do
esperado e ameaçou cortar parte
da verba da Lei Piva recebida pela
modalidade. As principais culpadas teriam sido as duplas da areia.
Os líderes do ranking nacional
não foram ao Pan porque disputavam o Circuito Mundial, classificatório para Atenas-2004.
Paulo Emílio, dupla de Luizão,
sentiu-se injustiçado. "O senhor
deveria ter mais cuidado ao dizer
que o Brasil não foi bem representado, pois conquistamos uma
prata [no masculino] e um bronze
[no feminino]", afirmou.
"Além disso, a participação dessas duplas [líderes do ranking]
não seria garantia de ouro. Prova
disso foi a seleção masculina."
Ana Richa e Larissa fizeram coro. "Fizemos o melhor que pudemos com a estrutura e apoio que
recebemos, ou seja, nenhum."
A dupla feminina lembrou ainda dos problemas de sua preparação. "Estamos pagando nossa viagem para o Mundial até agora.
Nenhuma Lei Piva nos ajudou."
Também reclamaram da omissão do presidente do COB em relação à má qualidade da areia no
Pan. "O senhor só tem razão em
uma coisa: não houve vôlei de
praia no Pan-Americano. Foi vôlei de coral. Usavam coral moído.
O COB foi várias vezes inspecionar o local e era inadmissível permitir que usassem aquele chão."
Adriana Behar/Shelda, principal alvo de Nuzman, repetiu o que
haviam dito anteontem. Prata em
Sydney-00, a dupla lembrou que
tentou mudar a data dos Jogos,
mas não foi atendida, e lembrou
que caso parecido ocorreu em
Winnipeg-99, quando foi ouro.
"Só competimos porque o Eurico Miranda fretou um avião para
que chegássemos em tempo."
Procurado pela Folha, o COB
afirmou que não se manifestaria
porque não havia recebido as cartas. O presidente da CBV, Ary
Graça Filho, está viajando.
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