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VÔLEI
Brasil segue invicto, mas não satisfaz Bernardinho
DO ENVIADO A ATENAS
O Brasil venceu mais uma, segue como única invicta do seu
grupo, mas ainda não conseguiu
satisfazer seu comandante.
A vitória de ontem sobre a Holanda, por 3 sets a 1 (25/22, 24/ 26,
25/21 e 25/19), mostrou uma seleção mais regular e totalmente recuperada da maratona contra a
Itália, na terça-feira, mas expôs algumas falhas.
"Não estou totalmente descontente, mas não estou totalmente
satisfeito. Cometemos erros de
ataque que custaram o segundo
set, mas mantivemos um certo
controle, um certo domínio, um
certo equilíbrio. Isso foi positivo",
afirmou o técnico brasileiro.
Os jogadores, que haviam levado um susto ao perder um set
diante da fraca Austrália na estréia, ficaram mais entusiasmados com o terceiro passo da "missão Atenas", como foi batizado
pelo técnico o compromisso de
voltar da Grécia com o ouro.
"O time entrou determinado
desde o início. Foi bacana. É mais
um degrau que se foi", declarou o
oposto André Nascimento.
Depois de um confronto épico
com a Itália (vitória por 3 a 2 na
terça-feira), o Brasil encontrou
mais facilidade diante da Holanda, cujo último grande feito no
vôlei ocorreu há oito anos, com a
medalha de ouro em Atlanta-96.
Quatro anos antes, a mesma
Holanda havia perdido na final de
Barcelona-92 para o Brasil, que
assim ganhava um título inédito.
De uniforme branco pela primeira vez -atuara de amarelo
contra Austrália e Itália-, o Brasil conseguiu mostrar que havia
superado o desgaste emocional
após o jogo contra os italianos
-quase duas horas de confronto,
com o set final, 33 a 31, durando
mais de meia hora.
"A regularidade é uma característica do nosso time, que a gente
não pode perder nunca. Tenho
certeza de que essa consistência
vai ser importante no desfecho
desta Olimpíada", disse Nalbert.
Com a boa atuação do time, ele,
após inflamar com sua raça a seleção na terça, pôde ser poupado.
O ponta, que quase não foi a
Atenas por causa de uma operação no ombro, deixou o jogo com
os italianos com fortes dores no
pé esquerdo. Nalbert está fazendo
fisioterapia, mas não preocupa.
Do banco, ele viu a seleção cometer erros desnecessários. "Ficamos ansiosos em querer parar o
Schuil, e isso atrapalhou no ajuste
do sistema de bloqueio e defesa.
Se não me engano, ele fez 28 pontos", disse Bernardinho. Na realidade, foi mais. O atacante holandês, maior anotador da partida,
fez 30 pontos.
André Nascimento, com 20, e
Giba, com 19, foram os brasileiros
mais eficientes.
Já o bloqueio brasileiro, que havia marcado 13 pontos contra a
Itália, pouco funcionou ontem:
foram somente quatro pontos.
A seleção volta a atuar amanhã,
diante da Rússia. Na segunda-feira, encerra sua participação na
primeira fase do torneio contra os
EUA.
(LUÍS CURRO)
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