São Paulo, sexta-feira, 20 de setembro de 2002

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FUTEBOL

Times paulistas que jogaram pouco no primeiro semestre sobem de rendimento, enquanto os "maratonistas" caem

Santos lidera a ascensão dos "folgados"

PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

O natimorto calendário quadrienal do futebol brasileiro empurra agora, para o alto da classificação do Campeonato Brasileiro-2002, os times mais prejudicados por ele no primeiro semestre.
Puxados pelo Santos, os times paulistas eliminados precocemente no Rio-SP e na Copa do Brasil (Lusa, Guarani e Ponte Preta, além do time do litoral) -e que ficaram quatro meses sem jogos oficiais- esbanjam fôlego e entrosamento para formarem um bloco mais eficiente do que os times do Estado mais exigidos na primeira metade do ano.
O quarteto tem aproveitamento médio de 55,5% no Brasileiro. Já Corinthians, São Paulo, São Caetano e Palmeiras, que tiveram um primeiro semestre inchado, têm agora, incluindo a Copa dos Campeões, um desempenho médio de 49,1% na segunda metade da temporada e de 48,4% no Nacional.
No primeiro semestre, o placar foi de 58,9% para os "maratonistas" e 47,4% para os "folgados".
Após a 12ª rodada do Brasileiro, o Santos está na terceira colocação. No primeiro semestre, o time terminou o interestadual em nono e caiu na segunda rodada da Copa do Brasil. Sem ter mais o que fazer no dia 14 de abril, o clube fez uma longa preparação para o Nacional. O primeiro passo foi dado com a contratação do técnico Leão, que assumiu em maio.
Com tempo, o treinador montou um time, sem estrelas e recheado de jovens, que marca bem e ataca muito. Segundo o Datafolha, o Santos tem a segunda maior média de desarmes do Brasileiro e o maior número de finalizações.
Na Lusa, o técnico Edu Marangon teve ainda mais tempo para trabalhar. Ele assumiu o time de forma definitiva em abril e colocou a equipe, até agora, entre as dez melhores do Brasileiro.
Os times campineiros, principalmente no caso do Guarani, têm uma performance agora muito melhor do que a registrada no primeiro semestre.
Já com o quarteto paulista que praticamente parou apenas durante a disputa da Copa do Mundo, a situação é diferente.
Corinthians e Palmeiras são os que mais sentiram o pouco tempo de preparação para o Nacional.
O time do Parque São Jorge, recordista de partidas em 2002, tem um aproveitamento, sem contar o jogo de ontem contra o Vitória, de 48,7% no segundo semestre, contra 68,8% do primeiro.
No Palmeiras, a atual situação faz a primeira metade do ano, quando ganhou 60,3% dos pontos disputados, parecer uma miragem agora, quando o time não passa dos 35,4%.
Mesmo trazendo reforços, o São Paulo ficou praticamente estável. O São Caetano teve uma leve melhora em relação aos seis primeiros meses do ano, mas não consegue mais vencer fora de casa.



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