|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUTEBOL
Vaidosos e ex-comandantes da seleção, Wanderley Luxemburgo e Emerson Leão testam novo pico da carreira no Mineirão
Técnicos fazem outro tira-teima em BH
MAURÍCIO EIRÓS
FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS
PAULO PEIXOTO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
Não é apenas na classificação
que Cruzeiro e Santos jogam hoje
por um desempate no Mineirão.
Wanderley Luxemburgo e
Emerson Leão, os treinadores das
equipes, fazem um duelo particular. Vítimas da conturbada passagem da seleção brasileira pelas eliminatórias para a última Copa
(ambos acabaram demitidos), os
dois, famosos pela vaidade, ressurgiram nos atuais empregos.
O primeiro ganhou a Copa do
Brasil e o Mineiro com o Cruzeiro.
O segundo tirou o Santos de uma
fila de 18 anos ao conquistar o
Brasileiro do ano passado.
Polêmicos, Leão e Luxemburgo
derramam elogios entre si. Para o
santista, por exemplo, seu relacionamento com o cruzeirense é o
melhor possível. "Até escalo o
genro dele para jogar", disse, referindo-se ao meia Fabiano, casado
com uma filha de Luxemburgo.
Vivendo bom momento em seu
retorno ao Santos, Leão ressaltou
que as eventuais desavenças que
surgem entre os treinadores de
futebol são frutos da imprensa.
"Quem cria essas rusgas entre
os treinadores é a imprensa. Eu e
o Wanderley temos um ótimo relacionamento. Na parte esportiva,
nós somos próximos. Ambos treinamos a seleção [brasileira]. Mas
temos objetivos diferentes", explicou o santista.
Para Luxemburgo, que busca
seu quarto título brasileiro, o Cruzeiro não representa o retorno ao
sucesso na sua carreira. Ele não vê
nenhuma fase negativa, como o
fracasso na condução da seleção
brasileira, que coincidiu com as
acusações e o processo por sonegação de impostos.
"A minha carreira está normal,
está dentro daquilo que sempre
foi. Agora, se você pegar as sacanagens que fizeram comigo, então é uma outra história", disse o
treinador ontem à Agência Folha.
Em 13 meses treinando o Cruzeiro, Luxemburgo, com os títulos conquistados, ganhou a admiração da diretoria cruzeirense,
que faz o esforço possível para
mantê-lo no clube. O contrato
com o treinador já foi prorrogado
até o final de 2004.
Luxemburgo disse que o que caracteriza o seu trabalho é o conjunto da obra. Não importa se fracassará em uma determinada
competição. "É a sequência do
meu trabalho. Se você pegar [a estatística], foram dez anos seguidos ganhando títulos. Só um ano
eu passei em branco, que foi no
ano passado."
NA TV - Cruzeiro x Santos, ao
vivo, às 16h, na Globo
Texto Anterior: Memória: Em 1966, times também fizeram a partida do ano Próximo Texto: Pingue-pongue: Para Alex, duelo de hoje é sonho dos moleques Índice
|