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no garrafão
Brasil joga hoje esperança de pódio
Após 12 anos de seu único título, seleção feminina pega República Tcheca em jogo que dá vaga em semifinal do Mundial
"Temos que fazer um jogo físico. As pivôs delas não gostam de contato", diz Alessandra, sobre a receita para bater campeã européia
ADALBERTO LEISTER FILHO
MARIANA BASTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
A seleção feminina chega à
reta decisiva do Mundial de
basquete tentando voltar ao
pódio após 12 anos. E contra
um rival que busca resgatar tradição ainda mais antiga. Hoje, o
Brasil enfrenta a República
Tcheca, campeã do Europeu-05. O vencedor faz semifinal
contra o ganhador de Austrália
x França, que duelam às 17h30.
O time nacional não conquista medalha em Mundiais desde
que desbancou a hegemonia
americana, em 1994. Junto aos
EUA e à ex-União Soviética, o
Brasil é um dos três países que
ergueram a taça na história.
Porém, desde então, colecionou frustrações. Obteve o quarto lugar, em 1998, e a sétima colocação, quatro anos depois.
Com time experiente -média de 28 anos, o mais velho entre os que ainda estão na disputa- e atuando em casa, a tarefa
pode se tornar menos árdua.
"Desde que voltei a trabalhar
na seleção, em 1997, este é o
melhor grupo que tive em
mãos", define o técnico do Brasil, Antonio Carlos Barbosa.
A República Tcheca, contudo, não é o adversário dos sonhos. O Brasil tentou, em primeiro lugar, fugir dos EUA, favoritos ao título. Conseguiu. E
também de tchecas e russas.
Mas a estratégia não deu resultado devido a marmelada francesa, que sucumbiu ante a China, evitando as brasileiras.
Da seleção, Iziane e Cíntia
Tuiú já atuaram no Gambrinus
Brno, da República Tcheca, e
Alessandra defendeu o Ruzomberok, da vizinha Eslováquia.
"Temos que fazer um jogo físico. As pivôs delas não gostam
de contato", afirma Alessandra.
Pivôs que, segundo o técnico
rival, são um dos pontos fortes
de sua equipe. "Todo nosso jogo é baseado na altura, essa é a
nossa grande vantagem sobre
as demais equipes do Mundial",
explica Jan Bobrovsky. Seis jogadoras têm 1,90 m ou mais.
A República Tcheca disputa
seu primeiro Mundial e quer
voltar a brilhar. Quando ainda
formava a Tchecoslováquia, o
país disputou oito vezes o torneio. Chegou às semifinais em
todos. Por duas vezes foi vice-campeã (1964 e 1971), perdendo a final para as soviéticas.
Também levou quatro bronzes.
E, do atual elenco, há quem
se espelha na época dourada. É
o caso de Zuzana Klimesova,
27, que atua no exterior -joga
no Arras (França). "Minhas
maiores inspirações são meu
pai, minha mãe e meu tio", conta a pivô. Sua mãe, Dana Ptackova, foi bronze no Mundial-75
e quarta nos Jogos de Montréal-76, quando o basquete feminino estreou na Olimpíada.
Vlastibor Klimes, o pai, disputou os Mundiais de 78 e 82 e os
Jogos de Moscou-80.
Forjar nova tradição, porém,
não é tarefa fácil. "Queremos
manter esse retrospecto de vitórias, mas o Brasil é um time
forte e joga em casa", pondera.
Em contraste com o Brasil, a
República Tcheca tem a base da
seleção atuando no país e em
dois clubes: Gambrinus Brno,
campeão da Euroliga-06, e
USK Praga. O primeiro é dirigido pelo técnico da seleção. O
segundo, pelo assistente, Lubor
Blazek. O grupo é o segundo
mais jovem entre os oito quadrifinalistas -24,6 anos.
"É importante elas jogarem
no mesmo clube porque isso
cria padrão técnico na seleção.
O trabalho de clube e seleção se
complementa", analisa Blazek.
NA TV - Brasil x República Tcheca
Globo, ESPN Brasil e Sportv 2,
ao vivo a partir das 15h15
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