São Paulo, segunda-feira, 20 de setembro de 2010

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JUCA KFOURI

Choque-Rei? Trombada!


O clássico valeu pelo batismo de ouro de Lucas, essencial para quebrar 13 anos de escrita


O PACAEMBU recebeu apenas 15 mil pagantes, como é tradicional em clássicos paulistas, porque o medo da violência continua a preponderar. A situação dos dois times na tabela também não ajudava, além de um certo frio. A não ser pela escrita de 13 anos sem derrotas do mandante Palmeiras para o São Paulo na arena, o clássico era mesmo insosso.
E o primeiro tempo não teve nada que justificasse ser chamado de Choque-Rei. Trombada fica melhor, até pela irritação do Felipão, mais uma vez expulso. O que não estava anunciado era o batismo de Lucas, que jogou como gente grande para Mano Menezes, no estádio, anotar seu nome ao pensar na seleção pré-olímpica com vistas a Londres.
Lucas Rodrigues Moura da Silva, 18, foi um espetáculo à parte, verdadeiro batismo de ouro, não só ao fazer o primeiro gol como ao dar para Fernandão o segundo, que selou a vitória tricolor que se afigurava improvável depois do que o time não fez até abrir o placar, embora o Palmeiras não tenha feito nada muito melhor, além de ter mais a bola.
Lucas salvou o domingo. Não fosse por ele, a trombada teria terminado sem gols.

SANTOS CASTIGADO
Dorival Júnior tem feito trabalhos tão bons nos últimos anos que tem todo o direito de se achar. Só não pode se achar mais importante do que o Santos. E ao pôr as coisas na base do ele ou eu foi o que fez.
O resultado apareceu em Campinas, no pálido 0 a 0 com o Guarani. Menos mal que o próprio treinador, sempre tão ponderado, deixou claro que o menino sem noção Neymar voltará no clássico contra o Corinthians, nesta quarta. Neymar precisa sim de limites, como todos, mas não de humilhação pública.

LÍDER LIGADO
Ao voltar à liderança do Brasileirão só há um alerta ao Corinthians: jogar com a abnegação e a concentração exibidas contra o Fluminense. Imaginar jogos ganhos antes de jogá-los, como aconteceu na derrota para o Grêmio, e na boa vitória contra o Grêmio Prudente, é tudo o que não pode acontecer.
Porque, contra o time gaúcho, não deu para virar nem com pênalti e, contra o paulista, houve riscos desnecessários no primeiro tempo. Após assegurar a vitória, nada contra que se desfile toque de bola, firulas e olés, como se fez no segundo tempo no sábado, com o Pacaembu recebendo 8.000 torcedores a mais dos que foram ao estádio no domingo.
Santos e Inter são os próximos rivais. Aí não há risco de salto alto.

blogdojuca@uol.com.br


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