São Paulo, segunda-feira, 20 de setembro de 2010

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Brasil se ressente de um tenista que decida as partidas

Time cai após avaliar que tinha condições de jogar na elite por ter um atleta top 30 e uma dupla consistente

DO ENVIADO A CHENNAI

Na véspera do terceiro e último dia do confronto com a Índia, o discurso na delegação brasileira era o de que o país tinha um time para a disputa do Grupo Mundial.
O argumento é que o Brasil conta com um tenista top 30 (Thomaz Bellucci), outro jogador com espírito de Copa Davis (Ricardo Mello) e uma dupla consistente (Bruno Soares e Marcelo Melo).
O que se viu ontem, porém, é que ainda falta um tenista que faça a diferença.
Bellucci já é o segundo melhor tenista do Brasil na história do ranking da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais), mas seu histórico na Copa Davis é pífio.
O 27º do mundo acumula agora sete vitórias e seis derrotas na competição. Sendo que quatro desses triunfos aconteceram quando o confronto já estava definido.
E algumas das derrotas aconteceram no momento em que era esperado que ele assumisse a condição de melhor jogador do Brasil.
Além do revés de ontem para um jogador quase cem posições atrás dele no ranking, Bellucci também caiu sem oferecer muita resistência diante do veterano Nicolas Lapentti, no ano passado.
Ele não conseguiu nem cumprir o papel que Rohan Bopanna executou agora em Chennai: pelo menos cansar o principal jogador rival.
Lapentti, então com 33 anos e já próximo da aposentadoria, precisou jogar os três dias do confronto também válido pela repescagem.
No terceiro dia, bastante cansado, Lapentti precisou de cinco sets, mas venceu Marcos Daniel e garantiu a vitória do Equador sobre o Brasil, adiando a volta do país à elite da competição.
Contra Bellucci, o equatoriano precisou de apenas três sets para vencer o confronto.
Sempre que é questionado a respeito, o tenista afirma que não sente a pressão quando joga pela Davis.
Além de perder para rivais teoricamente mais fracos, Bellucci nunca conseguiu vencer um adversário mais bem posicionado no ranking.
Questionado se houve algum erro na preparação ou se precisaria mudar, o brasileiro foi sucinto em sua resposta: "Não".
(FI)


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