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Brasil se ressente de um tenista que decida as partidas
Time cai após avaliar que tinha condições de jogar na elite por ter um atleta top 30 e uma dupla consistente
DO ENVIADO A CHENNAI
Na véspera do terceiro e último dia do confronto com a
Índia, o discurso na delegação brasileira era o de que o
país tinha um time para a disputa do Grupo Mundial.
O argumento é que o Brasil
conta com um tenista top 30
(Thomaz Bellucci), outro jogador com espírito de Copa
Davis (Ricardo Mello) e uma
dupla consistente (Bruno
Soares e Marcelo Melo).
O que se viu ontem, porém, é que ainda falta um tenista que faça a diferença.
Bellucci já é o segundo melhor tenista do Brasil na história do ranking da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais), mas seu histórico
na Copa Davis é pífio.
O 27º do mundo acumula
agora sete vitórias e seis derrotas na competição. Sendo
que quatro desses triunfos
aconteceram quando o confronto já estava definido.
E algumas das derrotas
aconteceram no momento
em que era esperado que ele
assumisse a condição de melhor jogador do Brasil.
Além do revés de ontem
para um jogador quase cem
posições atrás dele no ranking, Bellucci também caiu
sem oferecer muita resistência diante do veterano Nicolas Lapentti, no ano passado.
Ele não conseguiu nem
cumprir o papel que Rohan
Bopanna executou agora em
Chennai: pelo menos cansar
o principal jogador rival.
Lapentti, então com 33
anos e já próximo da aposentadoria, precisou jogar os três
dias do confronto também
válido pela repescagem.
No terceiro dia, bastante
cansado, Lapentti precisou
de cinco sets, mas venceu
Marcos Daniel e garantiu a
vitória do Equador sobre o
Brasil, adiando a volta do
país à elite da competição.
Contra Bellucci, o equatoriano precisou de apenas três
sets para vencer o confronto.
Sempre que é questionado
a respeito, o tenista afirma
que não sente a pressão
quando joga pela Davis.
Além de perder para rivais
teoricamente mais fracos,
Bellucci nunca conseguiu
vencer um adversário mais
bem posicionado no ranking.
Questionado se houve algum erro na preparação ou
se precisaria mudar, o brasileiro foi sucinto em sua resposta: "Não".
(FI)
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