FÁBIO SEIXAS
da Reportagem Local

Dentro de uma semana, a cidade alemã de Nurburg viverá um paradoxo do esporte na temporada.
Correndo em casa, perto de sua cidade natal (Hurth Hermulheim) e de sua torcida, o alemão Michael Schumacher terá como adversária a conterrânea Mercedes-Benz.
A fábrica alemã produz o motor que equipa o McLaren de Mika Hakkinen, empatado com Schumacher na liderança do Mundial, com 80 pontos.
Os dois pilotos são os únicos que podem conquistar o título em 98.
Hakkinen tem vantagem nos critérios de desempate -chegou duas vezes em segundo lugar, contra uma de Schumacher.
Se vencer em Nurburgring e o alemão não marcar pontos, conquistará seu primeiro título, com uma prova de antecipação.
A favor de Schumacher, uma ascensão nas últimas provas, o que ele chama de "momento psicológico favorável", e a torcida alemã.
Não contará, porém, com o "fator casa". Nurburgring é tão íntima de Schumacher como é da Mercedes-Benz, que usa o circuito para seus testes particulares.
Aos torcedores alemães, o paradoxo: torcer para Schumacher manter as chances de conquistar seu terceiro título ou apoiar a Mercedes, que incorporará a McLaren em 2000 (leia texto abaixo).
Nas três corridas disputadas entre Schumacher e a Mercedes na pista alemã, o piloto leva vantagem sobre o propulsor.
Pilotando a Benetton, ele venceu em 95, quando a prova era o GP da Europa. Em 96 e 97, o vencedor foi um conjunto "neutro": o canadense Jacques Villeneuve e o motor francês Renault.



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