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São Paulo, segunda-feira, 20 de outubro de 2003

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Corinthians bate Ponte Preta no Pacaembu, onde não vencia havia um mês

Uniformizado, Juninho vê vitória dos seus "meninos"

Eduardo Knapp/Folha Imagem
Gil comemora o terceiro gol do Corinthians na vitória sobre a Ponte Preta, ontem, no Pacaembu


MARÍLIA RUIZ
RICARDO PERRONE
DA REPORTAGEM LOCAL

De chuteira e camisa do Corinthians, o ex-jogador Juninho viu sua equipe ganhar da Ponte Preta por 3 a 0, ontem, no Pacaembu.
O estilo boleiro e "democrático" do novo técnico do Corinthians, que, como atleta, participou da "democracia corintiana", funcionou com os jogadores, que a ele ofereceram a vitória que colocou o clube na 11ª posição.
Em menos de uma semana de trabalho, Juninho promoveu mais de oito reuniões com o elenco. Para escalar o time de ontem, ouviu a opinião de cada jogador. Fez quatro modificações. Entraram Vinícius na lateral, Rogério e Jamelli no meio, e Jô no ataque.
Dos 11 titulares, sete saíram das categorias de base do Corinthians, de onde o próprio Juninho saiu há uma semana.
"Ele ouviu, falou e deixou a gente jogar. Isso facilitou as coisas. Dedicamos a ele esse resultado", afirmou o volante Fabinho, autor de um dos gols corintianos.
As mudanças promovidas pelo treinador também agradaram aos torcedores, que voltaram a aplaudir a equipe depois de mais de um mês -desde 13 de setembro, quando bateu o Fortaleza, o Corinthians não vencia em casa. Além disso, havia mais de quatro meses o time não ganhava por tamanha diferença.
Os poucos torcedores que foram ao Pacaembu -a renda líquida foi negativa em pouco mais de R$ 4.000- assistiram ao Corinthians bombardear a meta de Lauro no primeiro tempo.
Foram seis tentativas até Fabinho abrir o placar aos 32min. O volante recebeu belo passe de Gil e, com chute cruzado, fez 1 a 0.
A comemoração foi com Juninho, que aproveitou o amontoado de corintianos para promover uma rápida reunião -queria Rogério, que sentia dores, mais atrás, preocupado com a marcação.
O novo encontro aconteceu cinco minutos mais tarde.
Vinícius, que ganhou a vaga de Moreno, sofreu falta na esquerda. O próprio lateral alçou a bola na área, e Marquinhos, de cabeça, aumentou a vantagem corintiana.
Com o placar adverso, Abel Braga resolveu promover duas substituições na Ponte no intervalo. Não adiantou. O time até melhorou com as entradas de Adrianinho e Luisinho Vieira, mas eles não conseguiram mudar o panorama do jogo. Rubinho, que em todo o primeiro tempo havia feito apenas uma defesa, continuou sendo pouco ameaçado.
Menos afobados, os corintianos passaram a tocar a bola e apostar em contra-ataques. Rogério, que não atuava havia quase dois meses, saiu de maca, mas festejando. "Estou muito feliz por ter voltado assim", disse ele, que viu do banco de reservas a jogada que decretou a vitória corintiana.
Fabinho, da direita, cruzou, e Gil, de cabeça, fechou o placar aos 32min. Foi o oitavo gol do atacante, que se igualou a Rogério como o segundo maior goleador do Corinthians neste Brasileiro.
"Espero que essa vitória ajude a gente a esquecer os maus momentos", disse o atacante.
Maus momentos que propiciaram os pedidos de demissão de Geninho e Júnior, que ficou apenas dez dias no comando do clube. Neste período, os corintianos perderam duas vezes por 3 a 0 (para São Caetano e São Paulo).
"Daqui para a frente, temos que trabalhar mais e mais. O resultado foi bom, mas ainda faltam nove rodadas", disse o estreante técnico, para quem dirigir o Corinthians é muito "chique".



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