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Corinthians bate Ponte Preta no Pacaembu, onde não vencia havia um mês
Uniformizado, Juninho vê vitória dos seus "meninos"
Eduardo Knapp/Folha Imagem
![](../images/s2010200301.jpg) |
Gil comemora o terceiro gol do Corinthians na vitória sobre a Ponte Preta, ontem, no Pacaembu |
MARÍLIA RUIZ
RICARDO PERRONE
DA REPORTAGEM LOCAL
De chuteira e camisa do Corinthians, o ex-jogador Juninho viu
sua equipe ganhar da Ponte Preta
por 3 a 0, ontem, no Pacaembu.
O estilo boleiro e "democrático"
do novo técnico do Corinthians,
que, como atleta, participou da
"democracia corintiana", funcionou com os jogadores, que a ele
ofereceram a vitória que colocou
o clube na 11ª posição.
Em menos de uma semana de
trabalho, Juninho promoveu
mais de oito reuniões com o elenco. Para escalar o time de ontem,
ouviu a opinião de cada jogador.
Fez quatro modificações. Entraram Vinícius na lateral, Rogério e
Jamelli no meio, e Jô no ataque.
Dos 11 titulares, sete saíram das
categorias de base do Corinthians, de onde o próprio Juninho
saiu há uma semana.
"Ele ouviu, falou e deixou a gente jogar. Isso facilitou as coisas.
Dedicamos a ele esse resultado",
afirmou o volante Fabinho, autor
de um dos gols corintianos.
As mudanças promovidas pelo
treinador também agradaram aos
torcedores, que voltaram a aplaudir a equipe depois de mais de um
mês -desde 13 de setembro,
quando bateu o Fortaleza, o Corinthians não vencia em casa.
Além disso, havia mais de quatro
meses o time não ganhava por tamanha diferença.
Os poucos torcedores que foram ao Pacaembu -a renda líquida foi negativa em pouco mais
de R$ 4.000- assistiram ao Corinthians bombardear a meta de
Lauro no primeiro tempo.
Foram seis tentativas até Fabinho abrir o placar aos 32min. O
volante recebeu belo passe de Gil
e, com chute cruzado, fez 1 a 0.
A comemoração foi com Juninho, que aproveitou o amontoado de corintianos para promover
uma rápida reunião -queria Rogério, que sentia dores, mais atrás,
preocupado com a marcação.
O novo encontro aconteceu cinco minutos mais tarde.
Vinícius, que ganhou a vaga de
Moreno, sofreu falta na esquerda.
O próprio lateral alçou a bola na
área, e Marquinhos, de cabeça,
aumentou a vantagem corintiana.
Com o placar adverso, Abel Braga resolveu promover duas substituições na Ponte no intervalo.
Não adiantou. O time até melhorou com as entradas de Adrianinho e Luisinho Vieira, mas eles
não conseguiram mudar o panorama do jogo. Rubinho, que em
todo o primeiro tempo havia feito
apenas uma defesa, continuou
sendo pouco ameaçado.
Menos afobados, os corintianos
passaram a tocar a bola e apostar
em contra-ataques. Rogério, que
não atuava havia quase dois meses, saiu de maca, mas festejando.
"Estou muito feliz por ter voltado
assim", disse ele, que viu do banco
de reservas a jogada que decretou
a vitória corintiana.
Fabinho, da direita, cruzou, e
Gil, de cabeça, fechou o placar aos
32min. Foi o oitavo gol do atacante, que se igualou a Rogério como
o segundo maior goleador do Corinthians neste Brasileiro.
"Espero que essa vitória ajude a
gente a esquecer os maus momentos", disse o atacante.
Maus momentos que propiciaram os pedidos de demissão de
Geninho e Júnior, que ficou apenas dez dias no comando do clube. Neste período, os corintianos
perderam duas vezes por 3 a 0
(para São Caetano e São Paulo).
"Daqui para a frente, temos que
trabalhar mais e mais. O resultado
foi bom, mas ainda faltam nove
rodadas", disse o estreante técnico, para quem dirigir o Corinthians é muito "chique".
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