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AUTOMOBILISMO
Grid de largada de Interlagos, no domingo, será o 1º da categoria desde 1967 sem um francês
"Rei do GP Brasil",
Prost ressurge para
salvar pátria na F-1
FÁBIO SEIXAS
TATIANA CUNHA
DA REPORTAGEM LOCAL
Não haveria chance melhor. No
cenário em que ainda é rei, o GP
Brasil, e às vésperas da primeira
prova em 37 anos sem um piloto
francês, Alain Prost voltou à cena
como o salvador. Da sua pátria.
Afastado da F-1 há três anos,
desde a falência de sua escuderia,
o tetracampeão foi o assunto ontem em Interlagos. Isso por conta
de uma reportagem que será publicada na "Autosport".
A principal revista do automobilismo aponta Prost como o
maior candidato à vaga de Flavio
Briatore na Renault. O diretor da
equipe francesa deve deixar o cargo em 2005. E o ex-piloto viria a
calhar. Se não por sua duvidosa
capacidade administrativa, para
levantar a auto-estima do país.
Em Interlagos, pela primeira
vez desde o GP do Canadá de
1967, a França não terá nenhum
piloto no grid -Olivier Panis, 38,
se aposentou há duas semanas.
Como que para aumentar o drama, isso ocorre justamente numa
corrida já dominada pelos franceses. Eles venceram oito das 31 edições do GP Brasil, seis vezes com
Prost (82, 84, 85, 87, 88, 90), recorde, uma com Jacques Laffite (79) e
outra com René Arnoux (80).
Os pilotos brasileiros somam
sete triunfos em casa, com Emerson Fittipaldi (73 e 74), Nelson Piquet (83 e 86), Ayrton Senna (91 e
93) e José Carlos Pace (75).
"O Prost voltar à F-1 não seria
uma enorme surpresa. Ele já mostrou que não é um líder, não é um
homem de negócios, mas é inquestionável que ele sabe tudo do
ponto de vista técnico e que poderia ajudar a Renault", afirmou à
Folha Pierre Dupasquier, diretor
da Michelin, fornecedora de
pneus da Renault e hoje a principal figura francesa da categoria.
Depois que se aposentou como
piloto, em 93, Prost, arqui-rival de
Senna, trabalhou como comentarista de TV até comprar a Ligier,
em 97. Sem conseguir grandes resultados, a Prost Grand Prix disputou cinco Mundiais até parar,
quebrada, em 2001. O ex-piloto,
então, voltou trabalhar na TV.
Na história, 66 franceses já passaram pela F-1 -desconsiderados os americanos que só corriam
em Indianápolis na década de 50,
apenas Reino Unido (155) e Itália
(95) tiveram mais força. E houve
vários momentos de glória. Como
no GP da França de 82, quando os
quatro primeiros eram pilotos da
casa. Em duas ocasiões, nove
franceses alinharam no grid.
Mas a realidade do GP de domingo é bem diferente. Das 200
toneladas de equipamentos em
Interlagos, não há nenhuma bandeira francesa. Não há por quê.
GP BRASIL DE F-1 Onde: autódromo de
Interlagos. Quando: treinos na sexta, às
11h, no sábado, às 8h, e GP no domingo,
às 14h. Quanto: de R$ 150 a R$ 1.550.
Onde comprar: tel. 0/xx/11/3329-4686.
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