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FUTEBOL
Clube traz ex-presidentes Hélio Ferraz e Kléber Leite, responsável por dívidas de R$ 200 mi, e acerta com Tite
Flamengo aposta em velha diretoria e técnico em baixa
EDUARDO ARRUDA
RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Em crise há cinco anos -em
quatro deles lutou para não cair
no Brasileiro-, o Flamengo apelou a velhas soluções políticas e a
um técnico freqüentador da zona
de rebaixamento para se manter
na elite do futebol nacional.
Fora de campo, estão de volta ao
futebol os ex-presidentes Hélio
Ferraz e Kléber Leite, responsável
por boa parte da dívida de R$ 200
milhões do clube. E a equipe praticamente fechou a contratação
do técnico Tite -só falta assinar.
No comando do Atlético-MG
em 17 jogos, ele obteve três vitórias, quatro empates e dez derrotas. Por 11 rodadas, deixou o time
sempre entre os quatro últimos.
Com o time na 17ª posição no
Brasileiro, a diretoria do Flamengo montou uma comissão de conselheiros fortes para atuar junto
com os diretores de futebol. Na
prática, eles assumiram o poder.
Ontem, Ferraz e Leite foram a
São Paulo para fechar a contratação de Tite, nome preferido do
presidente do clube, Márcio Braga. Ex-presidente, Leite foi responsável por contratações milionárias, que iniciaram o processo
de endividamento do Flamengo.
"O Kléber foi o período em que
a dívida do clube cresceu 300%
em quatro anos", admitiu Braga.
Recentemente, Braga decidiu se
tornar aliado de Leite, de quem
era inimigo, por entender que o
passado deveria ser esquecido.
"Ele cria uma onda, um agito. É
bom marqueteiro."
Em uma jogada de marketing,
para contratar o atacante Edmundo, Leite fechou acordo com um
consórcio que construiria um
shopping no clube. Hoje, o consórcio cobra, judicialmente, R$ 18
milhões do Flamengo.
"Mas não haverá nenhuma loucura na gestão", afirmou Márcio
Braga. "As negociações só acontecerão com a minha assinatura."
Ontem, ele esperava ligações de
Leite e Ferraz para autorizar a
contratação do técnico Tite. O
contrato terá duração até o final
de 2006. Segundo pessoas ligadas
ao treinador, Tite não trará ninguém para a comissão técnica e
trabalhará com Andrade e Adílio
como auxiliares. "Mas ele só deve
assumir em 2006", disse Braga.
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