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Diante de maior rival, Diego tenta ser bi no Mundial
Brasileiro rivaliza com o romeno Dragulescu, que é dono de 2 ouros no solo e leva vantagem no duelo direto neste ano
Caso vença na Dinamarca,
atleta paulista irá superar Daiane dos Santos no posto
de principal ginasta de todos os tempos no país
CRISTIANO CIPRIANO POMBO
DA REPORTAGEM LOCAL
Menos de um ano após ter
colocado o Brasil no mapa da
ginástica artística, Diego Hypólito volta a uma final de solo no
Mundial para entrar de vez para a história do esporte.
Caso conquiste hoje o bicampeonato mundial, o ginasta
paulista se transformará no
maior nome da ginástica brasileira em todos os tempos, posto
que é hoje de Daiane dos Santos. Cada um detém um ouro
em Mundiais, mas a gaúcha leva vantagem por ter feito uma
final olímpica e ter mais ouros
na Copa do Mundo (9 a 8).
"Seria uma honra chegar a
esse ponto. Mas não penso nisso, quero só fazer uma boa
competição e acertar a série.
Sei que, se fizer isso, a vitória
estará mais próxima", diz Diego, que em 2005 faturou seu
primeiro título mundial no solo, em Melbourne (Austrália).
Mas a missão do brasileiro
não será nada fácil, já que ele
terá pela frente seu maior rival
nos últimos anos: o romeno
Marian Dragulescu, que tirou a
nota mais alta na 1ª fase e busca
seu terceiro título no aparelho.
"Ele é bom e, com certeza, o
rival mais difícil de ser batido
hoje. O fato de atuar antes dele
será importante, porque, se eu
for bem, a responsabilidade dele será maior e o nervosismo
pode atrapalhá-lo", fala o brasileiro, que será o segundo a entrar no tablado do NRGi Arena.
Contudo o duelo não será o
primeiro entre eles neste ano,
já que Dragulescu bateu Diego
na etapa da Copa do Mundo em
Lyon, em março. Em Mundiais,
no solo, a disputa de hoje marcará um desempate, já que cada
um ostenta uma vitória, a do
romeno em Drebecen-02 e a do
brasileiro em Melbourne-05.
Mas o desafio de Diego não
ficará restrito a Dragulescu. Na
final, ainda estão o búlgaro Jordan Jovtche (ouro em Gent-01
e Anaheim-03), o espanhol
Gervasio Deferr (prata em
Tianjin-99) e o canadense Kyle
Shewfelt (bronze em Anaheim-03), além do chinês Kai Zou, do
israelense Alexander Shatilov e
de outro espanhol, Isaac Perez.
"Minha série pode chegar até
16,70, caso eu não erre. Então,
não tenho muito que me preocupar com os outros. Devo fazer a minha parte", afirma Diego, que tirou 16,025 na 1ª fase,
0,225 a menos que Dragulescu.
O paulista diz que estar recuperado da contusão que sofreu
no Brasileiro, em agosto, quando tentou executar o elemento
que leva seu nome, um duplo
twist carpado com pirueta.
Agora, porém, Diego irá preterir o movimento, o qual, diz
ele, requer mais tempo de treino para para ser levado à apresentação com segurança. Apesar disso, o atleta se diz mais seguro do que nos últimos anos.
"Este é um Mundial diferente.
Em 2003, competi à base de antiinflamatórios. Em 2005, estreei dois pinos de titânio no
pé. Agora, estou normal."
A competição não deve durar
mais de 15 minutos, já que cada
atleta tem 70s para executar
sua série, que, diferentemente
das mulheres, não tem música.
Amanhã, o brasileiro volta a
atuar, agora na final do salto.
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