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Prancheta do PVC
PAULO VINICIUS COELHO - pvc@uol.com.br
O patinho feio
NUM CLÁSSICO em
que se critica o excesso de volantes e zagueiros, é de se esperar que o
único meia decida. No desenho de Palmeiras x São Paulo,
Hernanes marcava e era marcado por Léo Lima e os duelos
se repetiam com Sandro Silva
x Hugo, Diego Souza x Jean.
Quando o volante Jean partiu
para ataque, aos cinco minutos, era o único jogador desmarcado em campo. Isso até
Léo Lima chegar junto. Pênalti convertido por Rogério.
O meia em questão, Diego
Souza, errou ao não acompanhar o volante são-paulino e,
depois, ao cavar sua expulsão.
Como se equivocou Léo Lima,
ao fazer o pênalti e ao errar o
passe que resultou no segundo gol, de Dagoberto. O Tricolor fez 2 x 0 em contra-ataques, como planejou Muricy.
E Luxemburgo? Seu time
foi previsível e insistiu sempre pelo meio. Os laterais
Granja e Leandro jamais conseguiram se livrar da marcação. O Palmeiras tinha 61% de
posse de bola e poucas chances concretas de gol, até Denílson chegar à linha de fundo
e cruzar para Kléber fazer 2 x
1. Mesmo a falta cobrada por
Leandro, no segundo gol, nasceu de um lance pelo meio.
O Palmeiras não foi criativo, como se espera dos times
de Luxemburgo, e esbarrou
na marcação de Muricy. Na
história dos dois técnicos, o
são-paulino venceu nove vezes e o palmeirense ganhou
quatro. Do clássico, Luxemburgo saiu mais perto do título, mas a estratégia que deu
certo foi de Muricy, que ganhou também no número de
apostas que deram certo.
Luxemburgo acreditou no
lento Roque Júnior. Em contra-ataque, ao 24 minutos,
Jorge Wágner ficou frente a
frente com Roque e lançou
para si. Saiu atrás de Roque e
chegou na frente. Acreditou
em Denílson e se deu bem.
Mas apostou em Léo Lima e
deixou Pierre no banco.
Do outro lado, André Dias
só errou uma bola, o drible
quase inevitável de Denílson.
A outra aposta de Muricy é
óbvia: Miranda, o invencível.
A terceira, o garoto Jean, que
depois de Diego Souza, venceu também o duelo com
Evandro. Todos patinhos
feios, quando comparados
com os mais badalados jogadores do Palmeiras, como Roque, Kléber e Diego Souza.
Muricy, o patinho feio dos
técnicos, ganhou por pontos o
duelo com Luxemburgo.
SAÍDA PELA DIREITA
O mais criticado dos técnicos do Brasileirão, Adílson
Batista montou o Cruzeiro
para atacar pela esquerda,
com Carlinhos e Fernandinho, que é meia e jogou boa
parte do ano improvisado na
lateral. No jogo-chave, Adílson escalou-o no meio e foi
dele o passe perfeito para Jonathan marcar, na direita.
ALTERAÇÕES
Mudar o time no intervalo
não se faz apenas mexendo
nos jogadores. O Santos mudou do primeiro para o segundo tempo, sábado, contra
o Botafogo, quando Márcio
Fernandes deslocou Molina
para a ponta esquerda. Prendeu Thiaguinho, o único que
criava no time carioca. A vitória saiu com Molina.
O MELHOR
No sábado, na partida contra o Atlético-PR, no Beira-Rio, Alex mostrou porque pode ser considerado o melhor
jogador do Campeonato Brasileiro, embora seu time ainda
esteja no bloco intermediário da competição. Primeiro,
um drible de futsal e um passe milimétrico para Nilmar.
Depois, uma jogada ao seu estilo. Drible perfeito e tiro
mortal. Ninguém neste Campeonato Brasileiro está jogando mais do que Alex, do Internacional.
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