São Paulo, quarta-feira, 20 de outubro de 2010

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Juvenal volta ao ataque por Copa

MUNDIAL-2014
Cartola são-paulino rebaixa Itaquera, e corintiano Andres Sanchez rebate


DE SÃO PAULO

A definição do estádio paulista para a Copa do Mundo de 2014 rendeu ontem mais uma disputa aberta e ácida entre os presidentes de São Paulo e Corinthians, Juvenal Juvêncio e Andres Sanchez, respectivamente.
"Para mim, esse assunto [estádio na Copa] não está morto. Se vocês [jornalistas] analisarem esse caso com frieza, deixando as paixões de lado, onde está avançando a Copa do Mundo em São Paulo?", indagou Juvenal.
O dirigente são-paulino, que viu o Morumbi ser descartado pela Fifa, atacou os possíveis estádios em Pirituba e Itaquera (bairro em que o Corinthians promete inaugurar a sua arena em 2013).
"Como se chega a Pirituba? Como é o negócio do hotel, do transporte, do metrô, da rede hospitalar? Se o Blatter [Joseph, presidente da Fifa] se lesionar lá, como será socorrido? Não é diferente em outros locais. Citemos Itaquera. Para você chegar lá, é preciso chamar o Corpo de Bombeiros. Se você trouxer a Angela Merkel [chanceler da Alemanha] e mandar ela lá, ela não chega. E, se tiver que sair, ela também não sai."
Andres Sanchez, à rádio Jovem Pan, rebateu.
"Infelizmente, a discriminação prevalece no Jardim Leonor [bairro que integra o Morumbi]. Em parte, ele tem razão. O que menos importa para uma Copa é o gramado. O que mais importa é o legado que vai ficar para a população. Nada mais justo que a zona leste, em que pouco se investiu, tenha mais coisas. Há muitos cidadãos paulistanos que moram lá", afirmou.
Ambos disseram que São Paulo é necessária na Copa.
"Não existe Copa sem São Paulo. A substância está em São Paulo, a rede hoteleira com 42 mil leitos, hospitalar, transporte de massa de qualidade etc", afirmou Juvenal.
"Não pode fazer [a abertura] em Minas, não tem hotel, tem um cinco estrelas. Numa sexta que tem projeto no Congresso de importância, você não dorme em Brasília. O Rio é ocupado pelo sua beleza natural. Quem pode oferecer isso é São Paulo", falou.
Já Andres voltou a afirmar que não pensa em seu estádio para a Copa. "O nosso estádio é para os corintianos, tem 48 mil lugares. Se o poder público, a CBF e a Fifa quiserem, que façam as obras necessárias para ampliá-lo e receber o Mundial."


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