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Juvenal volta ao ataque por Copa
MUNDIAL-2014
Cartola são-paulino rebaixa Itaquera, e corintiano Andres Sanchez rebate
DE SÃO PAULO
A definição do estádio
paulista para a Copa do Mundo de 2014 rendeu ontem
mais uma disputa aberta
e ácida entre os presidentes
de São Paulo e Corinthians,
Juvenal Juvêncio e Andres
Sanchez, respectivamente.
"Para mim, esse assunto
[estádio na Copa] não está
morto. Se vocês [jornalistas]
analisarem esse caso com
frieza, deixando as paixões
de lado, onde está avançando a Copa do Mundo em São
Paulo?", indagou Juvenal.
O dirigente são-paulino,
que viu o Morumbi ser descartado pela Fifa, atacou os
possíveis estádios em Pirituba e Itaquera (bairro em que
o Corinthians promete inaugurar a sua arena em 2013).
"Como se chega a Pirituba? Como é o negócio do hotel, do transporte, do metrô,
da rede hospitalar? Se o Blatter [Joseph, presidente da Fifa] se lesionar lá, como será
socorrido? Não é diferente
em outros locais. Citemos Itaquera. Para você chegar lá, é
preciso chamar o Corpo de
Bombeiros. Se você trouxer a
Angela Merkel [chanceler da
Alemanha] e mandar ela lá,
ela não chega. E, se tiver que
sair, ela também não sai."
Andres Sanchez, à rádio
Jovem Pan, rebateu.
"Infelizmente, a discriminação prevalece no Jardim
Leonor [bairro que integra o
Morumbi]. Em parte, ele tem
razão. O que menos importa
para uma Copa é o gramado.
O que mais importa é o legado que vai ficar para a população. Nada mais justo que a
zona leste, em que pouco se
investiu, tenha mais coisas.
Há muitos cidadãos paulistanos que moram lá", afirmou.
Ambos disseram que São
Paulo é necessária na Copa.
"Não existe Copa sem São
Paulo. A substância está em
São Paulo, a rede hoteleira
com 42 mil leitos, hospitalar,
transporte de massa de qualidade etc", afirmou Juvenal.
"Não pode fazer [a abertura] em Minas, não tem hotel,
tem um cinco estrelas. Numa
sexta que tem projeto no
Congresso de importância,
você não dorme em Brasília.
O Rio é ocupado pelo sua beleza natural. Quem pode oferecer isso é São Paulo", falou.
Já Andres voltou a afirmar
que não pensa em seu estádio para a Copa. "O nosso estádio é para os corintianos,
tem 48 mil lugares. Se o poder público, a CBF e a Fifa
quiserem, que façam as
obras necessárias para ampliá-lo e receber o Mundial."
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