São Paulo, terça, 20 de outubro de 1998

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Sampaio Corrêa negocia paz agora em troca de ida à Série A

da Sucursal do Rio

O Sampaio Corrêa adiou a ida à Justiça comum contra sua exclusão da segunda fase da Série B do Campeonato Brasileiro.
O clube negocia com a diretoria da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) uma saída para a crise, criada pela decisão do TJD (Tribunal de Justiça Desportiva), que no sábado deu ao Santa Cruz os pontos do jogo contra o Volta Redonda (RJ), realizado em 2 de agosto.
O clube fluminense havia usado em alguns jogos um atleta em situação irregular. O Sampaio Corrêa percebeu a falha, foi ao TJD e ganhou os pontos de um jogo realizado no dia 6 de outubro. O Santa Cruz (PE), mesmo com uma ação fora do prazo (cinco dias depois da realização do jogo), também ganhou os pontos, revoltando os maranhenses, que ameaçam parar o campeonato.
Ontem, os dirigentes da CBF mantiveram vários contatos, por telefone e pessoalmente, com diretores do Sampaio Corrêa.
Na negociação, a CBF chegou a oferecer uma vaga na Série A em 1999 em troca da paz imediata.
Pressionado por clubes tradicionais, como Fluminense (RJ), Bahia (BA) e Náutico (PE), a CBF estuda rasgar as regras do rebaixamento, que prevêem 22 clubes na Série A e 22 clubes na Série B no ano que vem. Se for mantida a regra, Fluminense e Náutico disputarão a Série C, e o Bahia, a B.
O trunfo dos dirigentes desses clubes é a eleição para a presidência da CBF, marcada para o próximo ano.
Ricardo Teixeira, ocupante do cargo, pode perder os votos dos presidentes das federações desses Estados se se opuser à mudança no número de clubes nas principais divisões.
O presidente da Federação Paulista de Futebol, Eduardo José Farah, que também pode se candidatar, propôs há meses o aumento da Série A para 44 ou 48 clubes. (SR)



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