da Reportagem Local

A NBA venceu o primeiro assalto da disputa trabalhista que, há 111 dias, opõe times a jogadores.
A Justiça esportiva deliberou ontem que a liga norte-americana não vai precisar pagar os salários de seus atletas enquanto durar o locaute decretado em 1º de julho.
O locaute (greve patronal) foi a forma que as 29 equipes escolheram para pressionar os jogadores a reverem o contrato coletivo.
A NBA alega que 14 dos 29 times fecharam no vermelho o campeonato 97/98. Diz que os atletas estão recebendo 57% do faturamento global, quando estava acordada uma fatia de, no máximo, 52%.
Irredutível, o sindicato dos jogadores apostava suas fichas na Justiça esportiva. Acreditava que a NBA recuaria caso precisasse pagar os 226 atletas que estão, no papel, sob contrato ao longo de 98/99 -um desembolso de aproximadamente US$ 700 milhões.
Agora, quem passa a dar as cartas são os times. Acham que o sindicato vai rachar quando os jogadores sentirem os bolsos vazios.
O problema é que não há muito tempo para esse "braço-de-ferro".
O campeonato estava marcado originalmente para começar no dia 3. Modelo de organização no mundo esportivo, a NBA já teve de adiar essa data em duas semanas -a primeira vez que altera seu calendário em 51 anos de história.
Não há perspectivas de acordo no curto prazo. "Estamos felizes com a decisão do tribunal, mas, infelizmente, isso não nos aproxima nem um pouco de uma solução", reconheceu Jeffrey Mishkin, principal advogado da liga de basquete.



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