São Paulo, domingo, 20 de novembro de 2005

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Em decisão, Corinthians enfrenta trauma gaúcho

No jogo mais importante deste Brasileiro, hoje, contra o Internacional, no Pacaembu, time paulista tenta encerrar jejum de 11 partidas sem superar as equipes do Sul do país

EDUARDO ARRUDA
KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Um rival gaúcho pela frente não significa bom sinal para o Corinthians. Em seu jogo mais importante no ano, que pode praticamente definir o Campeonato Brasileiro, o clube do Parque São Jorge se depara com o Internacional hoje, às 16h, no Pacaembu, com a missão de acabar com sua sina negativa com as equipes do Sul e dar a arrancada final para o título.
A três rodadas do fim, os corintianos lideram com 77 pontos, três a mais que os gaúchos. Uma vitória hoje deixaria a equipe do técnico Antônio Lopes a um empate, no dia 27, diante da Ponte Preta para levantar pela quarta vez a taça do Nacional.
Antes, porém, será necessário liquidar o trauma gaúcho, que já dura 11 partidas, com quatro empates e sete derrotas pelo Brasileiro. Um alento é que o último triunfo diante dos gaúchos ocorreu justamente contra o Inter.
Mas contra os outros dois rivais do Estado, Grêmio e Juventude, a situação é pior. O time tricolor, antes de ser rebaixado para a segunda divisão em 2004, aplicou um humilhante 4 a 0 nos corintianos. O Juventude, em 2003, fez 6 a 1. Nesta temporada, os paulistas caíram perante o clube de Caxias do Sul por 1 a 0. Em São Paulo, amargaram um 2 a 2.
Em 2003, na primeira edição da competição por pontos corridos, o Corinthians bateu o rival desta tarde por 3 a 1 no mesmo local da decisão de hoje. Desde então, foram uma derrota e dois empates, o último no primeiro turno desta edição, um 0 x 0 no Beira-Rio.
Evidente que o duelo desta tarde se ensaia bem mais saboroso. Os 32 mil ingressos estão esgotados desde a semana passada. A guerra de nervos tomou conta do declaratório de ambas as equipes. A diretoria do Inter diz que os corintianos deram dinheiro aos jogadores do Paraná para vencê-los.
Os paulistas se irritaram e haviam feito pacto para conquistarem o título hoje. O plano foi frustrado pela dolorosa derrota para o São Caetano. Além da aproximação do rival, o time ainda viu seus jogadores perderem a cabeça no vestiário do Anacleto Campanella por causa do mau desempenho.
O goleiro Fábio Costa e o meia Carlos Alberto quase se agrediram. O ambiente tenso fez com que a diretoria corintiana restringisse as entrevistas de seus atletas.
O técnico Antônio Lopes tenta motivar seus atletas com um livro de auto-ajuda, enquanto os gaúchos, que ganharam sobrevida no torneio com um gol nos acréscimos diante do Brasiliense, chegam a São Paulo com o moral mais elevado.
Após a emocionante vitória (1 a 0) sobre o time do Distrito Federal, técnico e jogadores saíram de mãos dadas. "Quero ver eles fazerem isso após o jogo no Pacaembu", provocou o vice de futebol corintiano, Andrés Sanchez.
"Acho que tudo isso faz parte do clima para o jogo. Agora, será uma decisão realmente", disse o corintiano Nilmar, ex-Inter.


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