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Em decisão, Corinthians enfrenta trauma gaúcho
No jogo mais importante deste Brasileiro, hoje, contra o Internacional, no Pacaembu, time paulista tenta encerrar jejum de 11 partidas sem superar as equipes do Sul do país
EDUARDO ARRUDA
KLEBER TOMAZ
DA REPORTAGEM LOCAL
Um rival gaúcho pela frente não
significa bom sinal para o Corinthians. Em seu jogo mais importante no ano, que pode praticamente definir o Campeonato Brasileiro, o clube do Parque São Jorge se depara com o Internacional
hoje, às 16h, no Pacaembu, com a
missão de acabar com sua sina
negativa com as equipes do Sul e
dar a arrancada final para o título.
A três rodadas do fim, os corintianos lideram com 77 pontos,
três a mais que os gaúchos. Uma
vitória hoje deixaria a equipe do
técnico Antônio Lopes a um empate, no dia 27, diante da Ponte
Preta para levantar pela quarta
vez a taça do Nacional.
Antes, porém, será necessário liquidar o trauma gaúcho, que já
dura 11 partidas, com quatro empates e sete derrotas pelo Brasileiro. Um alento é que o último
triunfo diante dos gaúchos ocorreu justamente contra o Inter.
Mas contra os outros dois rivais
do Estado, Grêmio e Juventude, a
situação é pior. O time tricolor,
antes de ser rebaixado para a segunda divisão em 2004, aplicou
um humilhante 4 a 0 nos corintianos. O Juventude, em 2003, fez 6 a
1. Nesta temporada, os paulistas
caíram perante o clube de Caxias
do Sul por 1 a 0. Em São Paulo,
amargaram um 2 a 2.
Em 2003, na primeira edição da
competição por pontos corridos,
o Corinthians bateu o rival desta
tarde por 3 a 1 no mesmo local da
decisão de hoje. Desde então, foram uma derrota e dois empates,
o último no primeiro turno desta
edição, um 0 x 0 no Beira-Rio.
Evidente que o duelo desta tarde se ensaia bem mais saboroso.
Os 32 mil ingressos estão esgotados desde a semana passada. A
guerra de nervos tomou conta do
declaratório de ambas as equipes.
A diretoria do Inter diz que os corintianos deram dinheiro aos jogadores do Paraná para vencê-los.
Os paulistas se irritaram e haviam feito pacto para conquistarem o título hoje. O plano foi frustrado pela dolorosa derrota para o
São Caetano. Além da aproximação do rival, o time ainda viu seus
jogadores perderem a cabeça no
vestiário do Anacleto Campanella
por causa do mau desempenho.
O goleiro Fábio Costa e o meia
Carlos Alberto quase se agrediram. O ambiente tenso fez com
que a diretoria corintiana restringisse as entrevistas de seus atletas.
O técnico Antônio Lopes tenta
motivar seus atletas com um livro
de auto-ajuda, enquanto os gaúchos, que ganharam sobrevida no
torneio com um gol nos acréscimos diante do Brasiliense, chegam a São Paulo com o moral
mais elevado.
Após a emocionante vitória (1 a
0) sobre o time do Distrito Federal, técnico e jogadores saíram de
mãos dadas. "Quero ver eles fazerem isso após o jogo no Pacaembu", provocou o vice de futebol
corintiano, Andrés Sanchez.
"Acho que tudo isso faz parte do
clima para o jogo. Agora, será
uma decisão realmente", disse o
corintiano Nilmar, ex-Inter.
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