São Paulo, segunda-feira, 20 de novembro de 2006

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Picerni muda, Palmeiras sofre

Técnico põe time na retranca e sofre virada do Juventude no Sul; risco de cair à Série B continua

Juventude 3
Palmeiras 2

DA REPORTAGEM LOCAL

O fantasma do rebaixamento parecia que iria virar pó. Com gol de Dininho e boas atuações de Valdivia e Rosenbrick, grandes apostas do criticado diretor de futebol Salvador Hugo Palaia, o Palmeiras dominava o Juventude e vencia por 2 a 1 até os 30min do segundo tempo.
Mas Jair Picerni resolveu segurar o resultado -sacou o chileno e Rosenbrick para dar lugar aos meias defensivos Marcelo Costa e Wendell. E o castigo foi cruel. O time gaúcho, com o gol da vitória (de Christian) marcado aos 45min, virou a partida e deixou o Palmeiras ainda em alerta.
"O jogo estava nas nossas mãos", disse um desanimado Paulo Baier na saída do frio e molhado gramado de Caxias do Sul, onde o Palmeiras confirmou sua absoluta incompetência como visitante nesse Brasileiro -venceu só dois dos 18 jogos que fez nessa situação.
O time do Parque Antarctica ficou estacionado nos 43 pontos e foi ultrapassado pelo Juventude. Sorte que Fluminense e Ponte Preta não venceram. Os campineiros, derrotados no Ceará pelo Fortaleza, reclamaram muito da arbitragem e no final do jogo discutiram, de forma bastante áspera, com os policiais locais.
Com esse cenário, o Palmeiras, para não depender de outros resultados, precisa de dois pontos nos dois jogos que ainda vai realizar.
Enquanto esteve com sua formação inicial, o Palmeiras foi muito melhor que o anfitrião. No primeiro tempo, o placar só não foi mais dilatado porque Enílton perdeu duas chances claras de marcar.
O primeiro gol, no entanto, teve participação do atacante. Em um rebote de conclusão sua, a bola sobrou para Valdivia. O chileno só não marcou porque Antônio Carlos tirou a bola com a mão. Pênalti convertido por Juninho Paulista aos 16min da etapa inicial.
Os números do Datafolha atestam a boa performance de Valdivia e Rosembrick, que poucas chances tiveram com os antecessores de Picerni.
Rosembrick foi o palmeirense que mais driblou -foram oito no total. Ele não errou nenhum dos 18 passes que tentou.
Valdivia, além do lance do primeiro gol, foi o vice-líder nos dribles e ainda fez dez desarmes, mais do que o volante Francis fez na partida.
A zaga palmeirense, aliás, mais uma vez comprometeu. Primeiro, não evitou a cabeçada de Marcel no primeiro empate do Juventude.
O setor parecia que iria se redimir quando Dininho marcou o segundo gol palmeirense aos 29min do segundo tempo.
Mas, já com as alterações defensivas de Picerni, não foi capaz de evitar o gol de Bruno, o de empate do Juventude.
Por fim, Diego Cavalieri não teve velocidade suficiente na cobrança de falta de Christian que decretou a vitória dos gaúchos já perto do final.
Nas últimas duas rodadas o Palmeiras enfrenta o Internacional, como mandante, e o Fluminense, no Rio.


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