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Estudo diz que pênalti pode levar ao infarto
DA REPORTAGEM LOCAL
Um estudo publicado na última
edição do "British Medical Journal" mostrou que o número de
ataques cardíacos aumenta em
25% nos dois dias posteriores a
uma partida de futebol decidida
em cobranças de pênalti.
O levantamento pegou como
amostragem o mesmo período
dos anos de 1997, 1998 e 1999.
Só que em 1998 aconteceu a Copa do Mundo em que a Inglaterra
foi eliminada nas oitavas-de-final
pela arquiinimiga Argentina. O
jogo terminou empatado e foi decidido em penalidades máximas.
"No dia da partida e nos dois
dias seguintes ao jogo contra os
argentinos, as internações por infarto no miocárdio cresceram
25%. Nenhum aumento de outras
doenças foi detectado no período", afirma a pesquisa médica feita em conjunto pelas universidades de Bristol e Birmingham.
A pesquisa levantou dados nos
maiores hospitais do Reino Unido, onde a partida teve a audiência estimada em 24 milhões de
pessoas, ou seja, quase a metade
da população das ilhas.
"Foi escolhido o jogo contra a
Argentina pela rivalidade existente e por ser um mata-mata, circunstâncias em que o expectador
experimenta o alto grau de tensão
antes e durante a partida", diz o
estudo, que sugere a extinção do
sistema de desempate que deu o
tetracampeonato mundial para o
Brasil na Copa de 1994.
"Apesar das regras esportivas,
talvez a loteria dos pênaltis devesse ser abandonada para o bem da
saúde pública", conclui a tese.
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