São Paulo, sexta-feira, 20 de dezembro de 2002

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Estudo diz que pênalti pode levar ao infarto

DA REPORTAGEM LOCAL

Um estudo publicado na última edição do "British Medical Journal" mostrou que o número de ataques cardíacos aumenta em 25% nos dois dias posteriores a uma partida de futebol decidida em cobranças de pênalti.
O levantamento pegou como amostragem o mesmo período dos anos de 1997, 1998 e 1999.
Só que em 1998 aconteceu a Copa do Mundo em que a Inglaterra foi eliminada nas oitavas-de-final pela arquiinimiga Argentina. O jogo terminou empatado e foi decidido em penalidades máximas.
"No dia da partida e nos dois dias seguintes ao jogo contra os argentinos, as internações por infarto no miocárdio cresceram 25%. Nenhum aumento de outras doenças foi detectado no período", afirma a pesquisa médica feita em conjunto pelas universidades de Bristol e Birmingham.
A pesquisa levantou dados nos maiores hospitais do Reino Unido, onde a partida teve a audiência estimada em 24 milhões de pessoas, ou seja, quase a metade da população das ilhas.
"Foi escolhido o jogo contra a Argentina pela rivalidade existente e por ser um mata-mata, circunstâncias em que o expectador experimenta o alto grau de tensão antes e durante a partida", diz o estudo, que sugere a extinção do sistema de desempate que deu o tetracampeonato mundial para o Brasil na Copa de 1994.
"Apesar das regras esportivas, talvez a loteria dos pênaltis devesse ser abandonada para o bem da saúde pública", conclui a tese.


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