|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
mar vermelho
Porto Alegre fica colorado com 600 mil
Chegada de jogadores do Internacional, campeão mundial de clubes, pára cidade, que festeja por quatro horas e meia
Clemer e Fernandão são
os líderes da comemoração,
que começa no aeroporto
e acaba no Beira-Rio, onde
torcida invade o gramado
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Cerca de 600 mil pessoas, segundo estimativa da Brigada
Militar do Rio Grande do Sul,
participaram ontem, em Porto
Alegre, da festa do Internacional pela conquista do Mundial
de Clubes da Fifa, no Japão.
O time ganhou o título no domingo, ao bater o Barcelona
por 1 a 0, no Japão.
Jogadores e dirigentes do Inter passaram pela multidão em
carros do Corpo de Bombeiros
durante trajeto de 25 km da base aérea de Canoas, na região
metropolitana de Porto Alegre,
ao Beira-Rio.
No estádio, os campeões
mundiais foram recepcionados
por cerca de 50 mil pessoas, em
uma festa com shows musicais
e volta olímpica.
"Nunca vi isso: 50 mil em um
estádio e nem tem jogo", disse o
zagueiro Fabiano Eller, que pode sair do time- tem proposta
do Fluminense. Aos gritos, a
torcida pediu que ele ficasse.
Como a população de Porto
Alegre é de 1,4 milhão de habitantes, é possível dizer que quase metade da cidade recepcionou os jogadores. A capital gaúcha praticamente parou, e a
imagem das ruas era de um vermelho contínuo.
A festa durou mais de quatro
horas. Começou na chegada da
delegação a Porto Alegre, por
volta das 13h, e durou até as
17h30 quando o público começou a deixar o Beira-Rio.
Torcedores chegaram a invadir o gramado do estádio durante a comemoração. O goleiro Clemer teve de proteger a taça do Mundial, pois todos queriam tocá-la.
Após mais de 35 horas de vôo
de Tóquio, alguns atletas tomaram energéticos para conseguir
acompanhar os festejos.
Antes de pousar, o avião sobrevoou Porto Alegre e o Beira-Rio. Os 50 mil torcedores presentes acenaram.
Na saída do avião, Clemer e o
meia-atacante Fernandão, líderes da equipe que puxavam
as comemorações, levaram a
taça até perto da torcida, em
um gesto de aproximação que
se repetiu durante toda a tarde.
Várias pessoas disputaram os
jogadores para fotos.
Para garantir a segurança,
2.200 policiais rodoviários, civis e militares acompanharam
a festa do início ao fim. Não
houve incidentes graves.
Na base aérea de Canoas, o
governador do Estado, Germano Rigotto (PMDB), homenageou cada integrante da delegação colorada com a Medalha
Mérito Rio-Grandense.
Durante a celebração, os jogadores já previam que viraram
o time a ser batido, ao ganharem o título mundial. "Se manter no topo é difícil. Todo mundo vai querer tirar uma casquinha", analisou Fernandão.
O presidente do Inter, Fernando Carvalho, que deixa o
cargo no em janeiro, admitiu
que deve negociar um ou dois
jogadores. É a política do clube.
"Mas vamos fazer reposições. Não faremos grandes gastos. Mas os jogadores vão se
tornar grandes aqui, como já
ocorreu", explicou ele.
Ou seja, o Inter aposta na sua
atual fórmula vitoriosa para se
manter no topo.
Texto Anterior: Painel FC Próximo Texto: Gratidão: Capitão faz juras de amor Índice
|