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Transição é dura, dizem especialistas
DA REPORTAGEM LOCAL
"É uma prova de fogo."
É assim que o técnico
Marcelo Meyer define o
momento da transição para o profissionalismo.
Para o ex-técnico de
Fernando Meligeni, os
dois primeiros anos entre
os profissionais são muito
difíceis para um tenista.
"Ele vai começar a jogar
com jogadores mais experientes, e isso faz diferença", afirma Meyer.
Segundo ele, entre os juvenis há muita oscilação.
"As chances vem e vão
com freqüência. No profissional, é difícil se recuperar se você errar."
O ex-tenista Marcelo
Saliola diz que ter bons resultados no juvenil é bom,
mas perigoso.
"Você está acostumado
a ganhar muito e vai passar a perder bastante", diz
Saliola, que hoje é técnico.
"É preciso aprender a lidar
com a derrota."
Segundo ele, entre os juvenis é normal jogadores
terem aproveitamento
acima de 70%, enquanto
entre profissionais essa
marca é dificílima.
"Por isso, você vê jogadores que foram muito
bem no juvenil e não conseguem sucesso no profissional", analisa Saliola,
que aos 17 anos venceu o
espanhol Emilio Sanchez,
então 12º do mundo, e foi
apontado como garoto-prodígio. "Eu sou um
exemplo disso", afirma
ele, que chegou apenas ao
237º posto na ATP.
Ex-capitão do Brasil na
Copa Davis, Ricardo
Acioly acredita que, no último ano de juvenil, os jogadores já devem dar prioridade aos torneios profissionais. "Eventos juvenis
só Grand Slam. É uma
questão de estratégia."0
(FI)
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