São Paulo, quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

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Transição é dura, dizem especialistas

DA REPORTAGEM LOCAL

"É uma prova de fogo."
É assim que o técnico Marcelo Meyer define o momento da transição para o profissionalismo.
Para o ex-técnico de Fernando Meligeni, os dois primeiros anos entre os profissionais são muito difíceis para um tenista.
"Ele vai começar a jogar com jogadores mais experientes, e isso faz diferença", afirma Meyer.
Segundo ele, entre os juvenis há muita oscilação. "As chances vem e vão com freqüência. No profissional, é difícil se recuperar se você errar."
O ex-tenista Marcelo Saliola diz que ter bons resultados no juvenil é bom, mas perigoso.
"Você está acostumado a ganhar muito e vai passar a perder bastante", diz Saliola, que hoje é técnico. "É preciso aprender a lidar com a derrota."
Segundo ele, entre os juvenis é normal jogadores terem aproveitamento acima de 70%, enquanto entre profissionais essa marca é dificílima.
"Por isso, você vê jogadores que foram muito bem no juvenil e não conseguem sucesso no profissional", analisa Saliola, que aos 17 anos venceu o espanhol Emilio Sanchez, então 12º do mundo, e foi apontado como garoto-prodígio. "Eu sou um exemplo disso", afirma ele, que chegou apenas ao 237º posto na ATP.
Ex-capitão do Brasil na Copa Davis, Ricardo Acioly acredita que, no último ano de juvenil, os jogadores já devem dar prioridade aos torneios profissionais. "Eventos juvenis só Grand Slam. É uma questão de estratégia."0 (FI)

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