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Brasil revê traumas na Libertadores
Sorteio da competição põe Colômbia na rota do São Paulo e Uruguai ou altitude na trilha do Flamengo
DA REPORTAGEM LOCAL
Os clubes brasileiros envolvidos na Libertadores do ano que
vem terão, muito provavelmente, algumas provações para
superar na fase de grupos.
O sorteio realizado ontem no
Paraguai já complicou até a vida do Cruzeiro na primeira fase, quando a equipe mineira irá
enfrentar o tradicional Cerro
Porteño, do Paraguai. Avançando nesse mata-mata, o clube jogará na chave do San Lorenzo, um grande da Argentina.
Além disso, os cruzeirenses
pegariam o Real Potosí, da Bolívia, no Grupo 1 -o time boliviano habitualmente manda jogos
a cerca de 4.000 m de altitude.
O Flamengo, que na Libertadores-2007 reclamou por jogar
na altitude, poderá ter como
adversário o Cienciano, time
peruano que atua a cerca de
3.300 m acima do nível do mar
-a Fifa faz restrições agora para jogos a mais de 2.750 m. Um
outro trauma flamenguista, o
Uruguai (o time foi eliminado
pelo Defensor neste ano), pode
surgir duas vezes no torneio.
O São Paulo, que tem colecionado fracassos recentes na Colômbia (perdeu do Once Caldas
na Libertadores-2004 e do Millonarios na Copa Sul-Americana-2007), pode pegar dois times desse país. Já está certo
que enfrenta o Nacional de Medellín. O clube também pode
encarar o Audax Italiano, do
Chile, a quem não conseguiu
vencer na Libertadores-2007.
O Santos terá como adversário no Grupo 6 o Chivas Guadalajara, um dos mais poderosos
times mexicanos. Terá viagem
para a Bolívia para encarar o
San José, que costuma mandar
partidas em Oruro (3.700 m
acima do nível do mar). E ainda
enfrenta um colombiano, que
pode ser o Cúcuta, sensação da
Libertadores deste ano.
O Fluminense, que volta à Libertadores pela primeira vez
desde 1985, tem o Libertad, do
Paraguai, como seu pior adversário, teoricamente, no Grupo
8. ""É um time que tem feito
boas campanhas nas últimas
Libertadores", disse o ex-jogador Branco, atualmente diretor
do Flu -ele foi um dos que sortearam os times ontem.
Kléber Leite, vice de futebol
do Flamengo, não conseguiu
ontem viajar para Assunção
por problemas em seu vôo.
O Cruzeiro foi o único time
brasileiro que não ficou como
cabeça-de-chave do torneio.
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