DO ENVIADO A VIÑA DEL MAR

Tanto Brasil quanto Argentina são conhecidos por usarem a "malandragem" no futebol, mas neste Pré-Olímpico os dois países são os reis do jogo limpo.
Dos dez times que entraram na disputa, apenas as duas maiores potências do continente não tiveram jogadores expulsos. As duas equipes são líderes na disputa pelo troféu Fair Play do torneio.
"Vamos tratar de jogar futebol, que é o que sabemos fazer. Não vamos cair nessa de catimba ou violência", afirmou Diego, meia que cumpriu suspensão contra a Colômbia por ter levado dois cartões amarelos -além dele, só o volante Fábio Rochemback foi suspenso no lado brasileiro.
Os cartões amarelos foram zerados para a fase final. O zagueiro Burdisso, único argentino que sofreu suspensão, voltará hoje.
"Jogar contra um rival que nos ataca nos permite fazer jogadas que gostamos", disse Marcelo Bielsa, técnico argentino.
O meia-atacante Daniel Carvalho acha que o duelo pode não ser tão bom como se espera. "Nos clássicos, às vezes, a técnica fica de lado e prevalece a vontade."
O jogo que abre o quadrangular final promete ser muito mais violento que o clássico entre brasileiros e argentinos. Chile e Paraguai fizeram o jogo mais tumultuado na primeira fase. Dois paraguaios foram expulsos e sete atletas receberam cartão amarelo. A revanche é vendida como uma guerra.
"Será ótimo jogar com o Chile. Tomara que o juiz não os ajude [chilenos] de novo", disse o defensor paraguaio Torres. (RBU)


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