São Paulo, segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

VÔLEI

A última chance

No Pré-Olímpico Mundial, Itália aposta no retorno de jogadores experientes para conquistar vaga em Pequim

CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA

NO VÔLEI mundial, o principal tema de discussões é a dramática situação da seleção masculina da Itália. O país, que nos anos 90 foi tri mundial, corre o risco de ficar fora dos Jogos de Pequim. A sua última chance será no Pré-Olímpico Mundial, em maio.
Os italianos já colecionam dois fracassos na tentativa de irem à China: em setembro, ficaram em sexto no Europeu e não se classificaram para a Copa do Mundo, que valia três vagas olímpicas. Neste mês, no Pré-Olímpico da Europa, não chegaram nem às semifinais.
A Itália sofreu com problemas no Pré-Olímpico. O principal atacante, o oposto Fei, pegou catapora. O reserva, Perazzolo, foi cortado por Andrea Anastasi. O levantador Meoni se machucou. O time jogou com um ponteiro improvisado de oposto e com um levantador inexperiente.
Para o próximo Pré-Olímpico, Fei e Meoni estarão de volta. Mas o problema é mais profundo. O país não conseguiu formar uma nova geração talentosa para substituir as estrelas da seleção principal.
A Itália vive situação oposta à do Brasil. Seduzidos por melhores salários, muitos brasileiros foram para o exterior. Da seleção, só o levantador Bruninho e o oposto Anderson jogam no país. Resultado: a nova geração tem chance de atuar nos clubes da Superliga e ganhar experiência.
Já a Itália tem Nacional recheado de estrelas do vôlei mundial. Pela regra é preciso ter três italianos em quadra. O resto do time pode ser de estrangeiros. O Modena é um exemplo: tem Ricardinho, André Heller, André Nascimento, Murilo e Sidão.
A nova geração italiana não tem chance de jogar nos clubes. No máximo, fica no banco de reservas. Não por acaso, o presidente da federação italiana, Carlo Magri, está anunciando a criação do Clube Itália, time que reuniria atletas da seleção de base e disputaria o torneio nacional.
A experiência já foi feita com as mulheres e deu resultado. Hoje, as italianas são uma das forças mundiais. Em setembro, levaram o Europeu. Dois meses depois ganharam a Copa do Mundo e a vaga em Pequim.

RÚSSIA NA OLIMPÍADA
As russas, atuais campeãs mundiais, derrotaram ontem as polonesas por 3 sets a 2 (25/23, 25/22, 11/ 25, 22/25 e 15/12) na final do Pré-Olímpico da Europa e conquistaram vaga para os Jogos de Pequim. Polônia e Sérvia terão mais uma chance de classificação no Pré-Olímpico Mundial, em maio.

FORA DOS JOGOS
A Alemanha, eliminada pela Rússia na semifinal, não poderá jogar o Pré-Olímpico Mundial, última chance de classificação, por causa do seu ranking e está fora da Olimpíada. As seleções femininas já classificadas são Brasil, Itália, EUA, China, Cuba, Venezuela e Rússia.


cidasan@uol.com.br

Texto Anterior: Futebol americano: Patriots conquistam vaga no Super Bowl
Próximo Texto: Juca Kfouri
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.