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VÔLEI
A última chance
No Pré-Olímpico Mundial, Itália aposta no retorno de jogadores experientes para conquistar vaga em Pequim
CIDA SANTOS
COLUNISTA DA FOLHA
NO VÔLEI mundial, o principal
tema de discussões é a dramática situação da seleção
masculina da Itália. O país, que nos
anos 90 foi tri mundial, corre o risco
de ficar fora dos Jogos de Pequim. A
sua última chance será no Pré-Olímpico Mundial, em maio.
Os italianos já colecionam dois
fracassos na tentativa de irem à China: em setembro, ficaram em sexto
no Europeu e não se classificaram
para a Copa do Mundo, que valia
três vagas olímpicas. Neste mês, no
Pré-Olímpico da Europa, não chegaram nem às semifinais.
A Itália sofreu com problemas no
Pré-Olímpico. O principal atacante,
o oposto Fei, pegou catapora. O reserva, Perazzolo, foi cortado por Andrea Anastasi. O levantador Meoni
se machucou. O time jogou com um
ponteiro improvisado de oposto e
com um levantador inexperiente.
Para o próximo Pré-Olímpico, Fei
e Meoni estarão de volta. Mas o problema é mais profundo. O país não
conseguiu formar uma nova geração
talentosa para substituir as estrelas
da seleção principal.
A Itália vive situação oposta à do
Brasil. Seduzidos por melhores salários, muitos brasileiros foram para o
exterior. Da seleção, só o levantador
Bruninho e o oposto Anderson jogam no país. Resultado: a nova geração tem chance de atuar nos clubes
da Superliga e ganhar experiência.
Já a Itália tem Nacional recheado
de estrelas do vôlei mundial. Pela regra é preciso ter três italianos em
quadra. O resto do time pode ser de
estrangeiros. O Modena é um exemplo: tem Ricardinho, André Heller,
André Nascimento, Murilo e Sidão.
A nova geração italiana não tem
chance de jogar nos clubes. No máximo, fica no banco de reservas. Não
por acaso, o presidente da federação
italiana, Carlo Magri, está anunciando a criação do Clube Itália, time que
reuniria atletas da seleção de base e
disputaria o torneio nacional.
A experiência já foi feita com as
mulheres e deu resultado. Hoje, as
italianas são uma das forças mundiais. Em setembro, levaram o Europeu. Dois meses depois ganharam a
Copa do Mundo e a vaga em Pequim.
RÚSSIA NA OLIMPÍADA
As russas, atuais campeãs mundiais, derrotaram ontem as polonesas por 3 sets a 2 (25/23, 25/22, 11/
25, 22/25 e 15/12) na final do Pré-Olímpico da Europa e conquistaram vaga para os Jogos de Pequim.
Polônia e Sérvia terão mais uma
chance de classificação no Pré-Olímpico Mundial, em maio.
FORA DOS JOGOS
A Alemanha, eliminada pela Rússia na semifinal, não poderá jogar o
Pré-Olímpico Mundial, última
chance de classificação, por causa
do seu ranking e está fora da Olimpíada. As seleções femininas já
classificadas são Brasil, Itália, EUA,
China, Cuba, Venezuela e Rússia.
cidasan@uol.com.br
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