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FUTEBOL
Justiça do Trabalho condena meia e nega pedido de liminar de atacante
Corinthians festeja decisão contra Marcelinho e Luizão
MARÍLIA RUIZ
DA REPORTAGEM LOCAL
A cúpula do Corinthians/
HMTF ficou eufórica com as duas
decisões favoráveis ao clube na
Justiça do Trabalho. No meio da
crise econômica que assola a parceria, a notícia foi festejada em
um almoço e prontamente repassada aos executivos do fundo que
ontem estavam reunidos em Nova York (EUA) para decidir o futuro do acordo.
Marcelinho, que deixou o clube
em agosto, foi condenado em primeira instância a pagar R$
5.000.020,00 -entre rescisão antecipada e imotivada do contrato
de trabalho (R$ 1.000.020) e indenização por rompimento do vínculo esportivo (R$ 4 milhões).
Luizão, cuja advogada entrou
na Justiça na segunda-feira última, teve seu pedido de antecipação de cautela indeferido pelo juiz
Glener Pimenta Stroppa, da 12ª
Vara do Trabalho de São Paulo.
Nos dois casos, os jogadores estão impedidos -por ora- de jogar por outras equipes. Os advogados de Marcelinho podem recorrer. Luizão terá que esperar a
decisão do TRT -se houver ganho de causa, poderá se transferir;
se perder, o atleta terá que recorrer para poder assinar contrato
com outro clube.
A sentença do juiz Manoel Antonio Ariano, da 74ª Vara do Trabalho de São Paulo, já foi remetida à CBF, que liberou Marcelinho
para jogar no Japão com base na
liminar que o meia havia conseguido em setembro de 2001 no
TST. A entidade deverá remeter a
decisão à Fifa e esta, por sua vez, à
federação japonesa de futebol. O
Gamba Osaka, com o qual o meia
assinou contrato em janeiro, não
poderá mais escalá-lo.
Nem Marcelinho nem seus advogados quiseram comentar a
derrota em primeira instância. Limitaram-se a dizer, por meio de
assessoria de imprensa, que ainda
não haviam sido oficialmente notificados da decisão. Mas Thomas
Bradfield, um dos advogados, admitiu que irá recorrer. "Vamos
responder. A sentença será objeto
de revisão no tribunal."
Luizão, caso não entre em acordo com o Corinthians, está fora
do futebol por, pelo menos, 20
dias. Sem a liminar nas mãos, o
atacante não pode se transferir.
A única boa notícia para Luizão,
que não atendeu à imprensa ontem, foi a antecipação da audiência do processo de abril para a semana que vem. A advogada do jogador, Gislaine Nunes, acredita
que a sentença (julgamento do
mérito da ação) do processo saia
poucos dias após a audiência da
próximo dia 27.
"O indeferimento não me decepcionou. É óbvio que eu queria
a liminar. Assim, ele [Luizão" poderia jogar imediatamente. Mas o
juiz antecipou a audiência. Eu
acredito que logo depois dela já
sairá a sentença", disse Gislaine,
que deverá estar na entrevista coletiva marcada para hoje de manhã pelo atacante.
A advogada negou que tenha ficado "preocupada" com a decisão
favorável ao clube no caso Marcelinho, mas lamentou o fato. "É
ruim ver um atleta perder."
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