São Paulo, quinta-feira, 21 de fevereiro de 2002

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FUTEBOL

Justiça do Trabalho condena meia e nega pedido de liminar de atacante

Corinthians festeja decisão contra Marcelinho e Luizão

MARÍLIA RUIZ
DA REPORTAGEM LOCAL

A cúpula do Corinthians/ HMTF ficou eufórica com as duas decisões favoráveis ao clube na Justiça do Trabalho. No meio da crise econômica que assola a parceria, a notícia foi festejada em um almoço e prontamente repassada aos executivos do fundo que ontem estavam reunidos em Nova York (EUA) para decidir o futuro do acordo.
Marcelinho, que deixou o clube em agosto, foi condenado em primeira instância a pagar R$ 5.000.020,00 -entre rescisão antecipada e imotivada do contrato de trabalho (R$ 1.000.020) e indenização por rompimento do vínculo esportivo (R$ 4 milhões).
Luizão, cuja advogada entrou na Justiça na segunda-feira última, teve seu pedido de antecipação de cautela indeferido pelo juiz Glener Pimenta Stroppa, da 12ª Vara do Trabalho de São Paulo.
Nos dois casos, os jogadores estão impedidos -por ora- de jogar por outras equipes. Os advogados de Marcelinho podem recorrer. Luizão terá que esperar a decisão do TRT -se houver ganho de causa, poderá se transferir; se perder, o atleta terá que recorrer para poder assinar contrato com outro clube.
A sentença do juiz Manoel Antonio Ariano, da 74ª Vara do Trabalho de São Paulo, já foi remetida à CBF, que liberou Marcelinho para jogar no Japão com base na liminar que o meia havia conseguido em setembro de 2001 no TST. A entidade deverá remeter a decisão à Fifa e esta, por sua vez, à federação japonesa de futebol. O Gamba Osaka, com o qual o meia assinou contrato em janeiro, não poderá mais escalá-lo.
Nem Marcelinho nem seus advogados quiseram comentar a derrota em primeira instância. Limitaram-se a dizer, por meio de assessoria de imprensa, que ainda não haviam sido oficialmente notificados da decisão. Mas Thomas Bradfield, um dos advogados, admitiu que irá recorrer. "Vamos responder. A sentença será objeto de revisão no tribunal."
Luizão, caso não entre em acordo com o Corinthians, está fora do futebol por, pelo menos, 20 dias. Sem a liminar nas mãos, o atacante não pode se transferir.
A única boa notícia para Luizão, que não atendeu à imprensa ontem, foi a antecipação da audiência do processo de abril para a semana que vem. A advogada do jogador, Gislaine Nunes, acredita que a sentença (julgamento do mérito da ação) do processo saia poucos dias após a audiência da próximo dia 27.
"O indeferimento não me decepcionou. É óbvio que eu queria a liminar. Assim, ele [Luizão" poderia jogar imediatamente. Mas o juiz antecipou a audiência. Eu acredito que logo depois dela já sairá a sentença", disse Gislaine, que deverá estar na entrevista coletiva marcada para hoje de manhã pelo atacante.
A advogada negou que tenha ficado "preocupada" com a decisão favorável ao clube no caso Marcelinho, mas lamentou o fato. "É ruim ver um atleta perder."



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