|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Sem dinheiro nem logística, torcida do restante da África será raridade
DA REPORTAGEM LOCAL
Além de provavelmente
atrair número menor de europeus, a Copa-10 também deve
ter poucos africanos de fora do
país-sede. O baixo poder aquisitivo de habitantes do continente é o principal empecilho.
Na terceira fase de venda de
ingressos, por exemplo, Botsuana era o país africano com
maior número de entradas
compradas, fora a sede. Foram
1.587. Moçambique tinha 1.142,
e o Quênia, 785 bilhetes.
Para efeito de comparação,
torcedores norte-americanos,
bem mais distantes, haviam
comprado 35 mil ingressos.
Nenhum país africano aparecia entre os dez que mais adquiriram bilhetes para a Copa nessa etapa da comercialização. E
nenhuma das cinco nações africanas com times no Mundial
(Gana, Nigéria, Costa do Marfim, Camarões e Argélia) é relatada nas listas da Fifa dos países com mais compradores.
Além da falta de dinheiro,
também há dificuldades para
transporte até a África do Sul,
no caso dos países mais distantes dentro do continente.
Há alguns países em que é
preciso adquirir passagens aéreas para a Europa para chegar
à sede da Copa do Mundo.
Os africanos ainda sofrem
com menos opções para a compra de ingressos do que torcedores de outras nações.
De todos os países do continente, só a Nigéria tem uma
operadora de turismo credenciada pela Fifa para vender pacotes para o Mundial que incluem bilhetes das partidas.
A operadora Match, a quem a
entidade deu os direitos de comercializar pacotes de luxo,
possui poucos pontos de operação na África. Camarões é um
dos poucos países que têm um
revendedor desses programas.
De resto, os africanos precisam ligar para a África do Sul,
ou até para a Europa, para adquirir esse tipo de pacote.
(RM)
Texto Anterior: Fifa e políticos atuam para baixar custos Próximo Texto: Bairro barra-pesada não põe fé em Copa segura Índice
|