São Paulo, segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

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Luta por direitos de TV se acirra

BRASILEIRO
Lance mínimo por exibição dos campeonatos de 2012 a 2014 é R$ 500 milhões


Joel Silva/Folhapress
Câmera de TV antes de Corinthians X Santos

BERNARDO ITRI
DO PAINEL FC

A disputa pelos direitos de transmissão dos Brasileiros de 2012 a 2014 está passando por seu momento mais tenso.
A maior disputa, por enquanto, é em relação à TV aberta, na qual estão na linha de frente Globo e Record.
O lance mínimo para a aquisição desses direitos é de R$ 500 milhões. Hoje, são pagos cerca de R$ 280 milhões.
Ainda estão em jogo direitos de TV fechada, pay-per -view, celular, internet e transmissão internacional.
O edital de concorrência sairá ainda nesta semana.
Porém a Folha apurou que a Globo tenta negociar diretamente com os clubes.
A iniciativa anima cartolas que não são a favor do C13, como o presidente do Corinthians, Andres Sanchez.
Andres, aliás, disse ontem que o departamento jurídico do clube analisa meios para a desfiliação do C13. "Há mais de dez anos há críticas em cima do Clube dos 13, que só negocia direitos de transmissão", afirmou o cartola.
O clube tem boa relação com a Globo e pretende negociar só com a emissora.
Presidente do Atlético-MG e membro da comissão do C13 que discute os direitos de transmissão, Alexandre Kalil defende a negociação em conjunto. "Isso [negociação separada] vai causar um prejuízo ao futebol que não se recupera em 20 anos."
Ele prevê problemas se todos não fecharem com uma única emissora. "Caso o Corinthians não assine com todos, é simples: quando vier jogar com o Atlético, a emissora deles não transmite."
Para Kalil, não importa em qual rede de TV o Brasileiro será transmitido. "Vencerá quem pagar mais", diz.
Andres, porém, crê que, por ser um dos clubes que mais dão audiência, o Corinthians deveria receber valor maior que seus rivais.
Outros clubes que adotam essa linha de pensamento poderão deixar a entidade.
No último contrato foram pagos R$ 1,6 bilhão pelos direitos de todas as mídias. A expectativa para o próximo acordo é que esse valor aumente cerca de 50%.

Colaborou RODRIGO BUENO, de São Paulo


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