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Corinthians agora já rifa Souza
Contratado para substituir e fazer parceria com Ronaldo, atacante não rende e perde espaço no time
Chegada do centroavante provocou mal-estar entre Mano Menezes e Antônio Carlos, que perdurou até a
saída do agora ex-dirigente
EDUARDO ARRUDA
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
Souza foi contratado para
ser, primeiro, o substituto de
Ronaldo e, depois, para se tornar o parceiro ideal do Fenômeno no Corinthians.
Porém, pouco mais de três
meses após sua chegada ao Parque São Jorge, o atacante camisa 50 se tornou dispensável.
A diretoria do Corinthians já
admite, veladamente, o erro na
contratação e pensa em se livrar do jogador, que custa mensalmente cerca de R$ 170 mil,
segundo maior salário do time.
A avaliação no Parque São
Jorge é que o atleta jamais justificou o investimento feito pelo clube para transformá-lo em
referência no ataque, 1,2 milhão, valor a ser pago em dez
vezes ao Panathinaikos (Grécia), além de R$ 200 mil dados
como luvas ao atleta.
Até agora, com participação
em 12 dos 15 jogos em competições oficiais do time em 2009,
o atacante marcou só uma vez,
de pênalti -a pedido de Mano,
Chicão, batedor oficial da equipe, deixou o companheiro cobrar a infração contra o Oeste.
Souza, que tem como característica mais elogiada a facilidade para fazer pivô, jogando
de costas para a defesa rival na
tentativa de preparar bolas para companheiros que chegam
de trás, também não aparece
como destaque entre os assistentes da equipe.
No clube, aponta-se a tendência de Souza perder mais
espaço no elenco, basicamente
por causa do bom início de Ronaldo, dois gols em três participações, e da concorrência de
outros atacantes mais produtivos, como Jorge Henrique e
Dentinho. O ex-flamenguista
não figura mais entre as primeiras opções para o ataque,
mesmo com o time jogando
com três no setor ofensivo.
Souza recebeu críticas públicas até de Mano Menezes, ainda que em tom de brincadeira.
"Ele disse que estava fazendo
bem a parede. Falei que não tinha pedido para a diretoria
contratar um centroavante pedreiro", chegou a dizer Mano.
O técnico foi um dos mentores da chegada de Souza ao Corinthians, em episódio que causou rusga entre ele e o então diretor técnico Antônio Carlos.
Segundo relato do agora ex-
-dirigente a amigos, a contratação de Souza, arquitetada por
Mano, pelo diretor de futebol
Mário Gobbi e pelo agente Carlos Leite (que representa tanto
o jogador como o técnico),
ocorreu quando o clube já havia praticamente acertado a
permanência do argentino
Herrera, xodó da torcida.
O episódio foi o início de um
mal-estar entre o treinador e o
diretor técnico que durou até a
saída de Antônio Carlos após o
episódio da balada de Ronaldo
em Presidente Prudente.
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