São Paulo, quarta-feira, 21 de abril de 2004

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FUTEBOL

Em crise e sob a desconfiança da torcida, equipe volta à primeira divisão do Nacional em casa, contra o Atlético-MG

Palmeiras junta os cacos para "reestréia"

TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma equipe acuada, um treinador sem sintonia com seus comandados e um elenco rachado. É nesse clima que o Palmeiras se arma para a sua volta à Série A do Brasileiro, hoje, às 18h, no Parque Antarctica contra o Atlético-MG.
O clima tenso, que atingiu seu ponto máximo com o soco de Muñoz em Marcos durante um simples rachão, tornou o ambiente no clube paulista mais tenso após a eliminação no Estadual, diante do Paulista de Jundiaí.
Adãozinho e Élson, desgastados com o técnico Jair Picerni, foram afastados e treinam em separado. Já não fazem parte dos planos do Palmeiras para o Brasileiro.
Atuando mais como bombeiro do que como treinador, Picerni tenta colocar panos quentes para aliviar a tensão. "A pressão existe, e no Palmeiras vai ser sempre assim. É um time de tradição e que sempre vai lutar por títulos."
Campeão da Série B no ano passado, o clube abre a sua participação na elite enxergando a crise como um sinal de alerta para exorcizar o fantasma do rebaixamento que jogou o time para segunda divisão nacional em 2002 -pior momento da história do time.
Como sintoma do ambiente turbulento, os jogadores mais velhos, como Marcos e Leonardo, que caíram com o time para a Série B, já vêm dando o recado aos mais novos. "Eles falam que a gente tem que correr e jogar muito para não deixar o Palmeiras chegar novamente naquela situação", declarou Vágner.
O meia Pedrinho, um dos mais experientes do time, acha que a equipe precisa valorizar mais o fato de estar na elite do futebol.
"Sentimos a importância de jogar a Série A quando fomos rebaixados. Todo mundo ali jogando, e a gente de fora. O segredo é começar bem e não ficar deixando para depois. Não adianta ficar achando que dá para mudar a situação quando faltarem 18 rodadas, por exemplo. A reação tem que ser desde o início", declarou.
Para Picerni, essa preocupação de tentar evitar o pesadelo de 2002 acaba sendo um ponto positivo.
"Os jogadores mais velhos colocam os problemas que aconteceram para evitar que os problemas de 2002 se repitam novamente."
Se o Palmeiras tenta driblar a crise logo na largada da competição, a situação do Atlético-MG não é muito diferente.
O time mineiro entra em campo sob a desconfiança da sua torcida depois da perda do título mineiro, domingo, para o arqui-rival Cruzeiro. Além disso, o atacante Alex Mineiro, com dores no joelho, é dúvida para o jogo de hoje.
Mas, apesar dos problemas, o Atlético-MG ganhou o seu primeiro reforço para a disputa do Brasileiro: o lateral-esquerdo Marquinhos. Ele não vinha sendo aproveitado no Palmeiras e acertou sua transferência para o clube de Belo Horizonte.


Colaborou a Agência Folha

NA TV - Sportv (menos para a cidade de São Paulo), ao vivo, às 18h


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