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Painel FC
Ricardo Perrone - painelfc.folha@uol.com.br
Pimenta nos olhos
Os são-paulinos mais exaltados querem, no mínimo, constranger o governo do Estado. Como o gás em
seu vestiário no Parque Antarctica virou caso de polícia, pedem uma investigação que esclareça quem liberou o estádio. Estão certos de que a ordem para a PM
dar o aval partiu do governador José Serra, palmeirense. Ontem, já houve aquecimento. Enquanto a PM
vistoriava o vestiário e, inicialmente, suspeitava de
teatro, gente do São Paulo tentava telefonar para o
promotor Paulo Castilho, que vetara a arena verde.
Lágrimas. Enquanto saía
do Parque Antarctica, o presidente do São Paulo, Juvenal
Juvêncio, teve de aturar um
torcedor palmeirense que furou o bloqueio de seguranças
e lhe disse: "Tinha gás pimenta mesmo. Aqui é o Palestra".
Guarda-chuva. A FPF
pensou em colocar Juvenal e
seu estafe no gramado, depois
da confusão por causa do gás.
Desistiu porque chovia.
Hum, hum. A coluna entrou no vestiário são-paulino
cerca de 20 minutos após o
episódio do gás. O cheiro era
forte, fazia o nariz arder e causava tosse. "Isso é gás comprado na rua 25 de Março. Se
fosse de verdade, você não estaria aqui", disse o tentente-coronel Carlos Botelho.
Ligado. Em cima dos armários dos atletas, podia-se ver
duas latas vazias de energético. Nos bastidores, o consumo
da bebida pelos são-paulinos
é criticado do lado alviverde.
Desespero. O presidente
do Palmeiras, Affonso della
Monica, desceu para o vestiário bem na hora que acabou a
energia elétrica do Parque
Antarctica. Na escuridão, torcedores festejavam: "Acabou
o jogo". O presidente berrou:
"Acabou nada. Se não voltar a
luz, tem que jogar de novo".
A calhar. Se a Justiça Desportiva interditar o Parque
Antarctica, a diretoria do Palmeiras não vai achar ruim. Isso porque os dois jogos com a
Ponte poderiam ser no Morumbi, com rendas maiores. E
não correria o risco de se indispor com sua torcida.
Alvo. De Adriano, sobre as
confusões ontem: "A culpa é
da imprensa". Referia-se ao
espaço para brigas de cartolas.
Falso ou verdadeiro? Doze ingressos de conselheiros do Palmeiras foram rejeitados pelas catracas. Mas nenhum foi impedido de entrar.
Atrasado. O meia Carlos
Alberto ainda não entregou
dados do Imposto de Renda à
Polícia Federal. Promete fazê-lo logo, mas corre risco de
encarar pedido de quebra de
sigilo fiscal. Ricardinho, Nilmar, Roger e Magrão fizeram
a entrega, que é parte da investigação sobre a parceria
entre Corinthians e MSI.
O nome. Sem cargo, André
Luiz de Oliveira, conselheiro
corintiano conhecido como
André Negão, é o homem forte de Andres Sanchez. Cuida
de obras e fala pelo clube em
ocasiões como a criação de
projeto social em Heliópolis.
Colaborou MÁRVIO DOS ANJOS,
da Reportagem Local
Dividida
"Só poderia sair da cabeça do Vanderlei
Luxemburgo que a gente faria uma canalhice
dessa, prejudicando nossos jogadores"
De CARLOS AUGUSTO DE BARROS E SILVA, vice de futebol do São Paulo, sobre o técnico dizer que o clube pode ter armado o episódio do gás
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