São Paulo, segunda-feira, 21 de abril de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Com ajuda de Rogério, Palmeiras elimina rival

Falha de goleiro são-paulino no 1º gol abre caminho para vitória do time da casa

Palmeiras 2
São Paulo 0

DA REPORTAGEM LOCAL

O Palmeiras pisou no Parque Antarctica, ontem, com dois objetivos claros: vencer o São Paulo para carimbar a vaga na final do Paulista e anular Adriano. Conseguiu ambas as metas com perfeição e com uma dose de ajuda do goleiro adversário.
A vitória começou a ser arquitetada aos 22min de partida, quando Léo Lima carregou a bola até a intermediária do São Paulo e disparou uma bomba com a perna direita.
O chute, que não desviou em nenhum jogador, foi no meio do gol. Enquanto Rogério caía para o seu lado esquerdo, a bola passava rente às suas pernas antes de estufar as redes.
Das arquibancadas, veio a sentença para o arqueiro nos gritos de "frangueiro".
"A bola saiu com efeito, acho que o enganou", comemorou o autor do gol palmeirense.
Já a caça às investidas de Adriano foi cumprida de forma exemplar durante todo o jogo.
Ora nos desarmes por baixo de Henrique ora no jogo aéreo com Gustavo, a dupla de zaga palmeirense se redimiu da partida nervosa do primeiro confronto da semifinal. E jogando limpo. Cada um desarmou 20 vezes (os melhores do time nesse fundamento), terminando o clássico com apenas três faltas cometidas, segundo contabilizou o Datafolha.
Na única oportunidade em que conseguiu se livrar da marcação rival, Adriano chutou de longe, aos 17min, sem perigo.
Com Dagoberto fora de sintonia, a dupla não foi capaz de tramar um lance sequer. Ambos terminaram a partida sem uma finalização certa. Adriano deu somente dois chutes contra a meta de Marcos.
O problema para o São Paulo era que, com a ausência de Richarlyson -Júnior o substituiu sem o brilho de outros anos- e a fraca partida feita por Joílson, o time não armava jogadas pelas pontas e, no meio, perdia todas para os volantes rivais.
E veio do miolo palmeirense, também, a arma mais letal contra o oponente. A boa saída de bola nos pés tanto de Léo Lima como de Martinez tornava o contra-ataque palmeirense sempre perigoso.
No segundo tempo, o técnico Vanderlei Luxemburgo turbinou essa jogada com as entradas de Lenny e Denílson, nos lugares de Alex Mineiro e Kléber, respectivamente.
Foi assim que a equipe construiu o segundo tento, pegando o São Paulo desprevenido em seu sistema defensivo. Aos 39min, quando o time do Morumbi pressionava pelo empate que o colocaria na final, Lenny puxou a jogada pelo meio e tocou para Wendel -que entrara no lugar de Diego Souza- cruzar na medida para Valdivia. Sozinho, o chileno só empurrou para dentro e comemorou o gol cruzando os braços, como se a partida tivesse acabado.
Marcos, que foi impecável nas saídas do gol, ainda anulou a principal jogada são-paulina nos chuveirinhos de Jorge Wagner. Em um deles, inclusive, impediu o gol quando a bola já quase o encobria.
Muricy Ramalho ainda tentou com Hugo, Sérgio Mota (que entrou como ala, posição em que jamais treinou, no lugar de Joílson) e Borges. Viu seu plano cair por terra com a expulsão de André Dias, aos 35min, após um safanão em Valdivia -o zagueiro já tinha cartão amarelo. Não fosse a fome de Lenny, o chileno poderia ter feito seu segundo gol.
E o são-paulino entregou a toalha quando, durante a festa de Valdivia, a energia voltou a cair no estádio. Aos gritos de "vamos ganhar, porco", a festa já começava.0 (MÁRVIO DOS ANJOS, RENAN CACIOLI E TONI ASSIS)

Texto Anterior: Alçapão ferve, funciona, e Palmeiras chega à final
Próximo Texto: Cartão: Time pode perder astro em jogo final
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.