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Com ajuda de Rogério, Palmeiras elimina rival
Falha de goleiro são-paulino no 1º gol abre caminho para vitória do time da casa
Palmeiras 2
São Paulo 0
DA REPORTAGEM LOCAL
O Palmeiras pisou no Parque
Antarctica, ontem, com dois
objetivos claros: vencer o São
Paulo para carimbar a vaga na
final do Paulista e anular Adriano. Conseguiu ambas as metas
com perfeição e com uma dose
de ajuda do goleiro adversário.
A vitória começou a ser arquitetada aos 22min de partida,
quando Léo Lima carregou a
bola até a intermediária do São
Paulo e disparou uma bomba
com a perna direita.
O chute, que não desviou em
nenhum jogador, foi no meio
do gol. Enquanto Rogério caía
para o seu lado esquerdo, a bola
passava rente às suas pernas
antes de estufar as redes.
Das arquibancadas, veio a
sentença para o arqueiro nos
gritos de "frangueiro".
"A bola saiu com efeito, acho
que o enganou", comemorou o
autor do gol palmeirense.
Já a caça às investidas de
Adriano foi cumprida de forma
exemplar durante todo o jogo.
Ora nos desarmes por baixo
de Henrique ora no jogo aéreo
com Gustavo, a dupla de zaga
palmeirense se redimiu da partida nervosa do primeiro confronto da semifinal. E jogando
limpo. Cada um desarmou 20
vezes (os melhores do time
nesse fundamento), terminando o clássico com apenas três
faltas cometidas, segundo contabilizou o Datafolha.
Na única oportunidade em
que conseguiu se livrar da marcação rival, Adriano chutou de
longe, aos 17min, sem perigo.
Com Dagoberto fora de sintonia, a dupla não foi capaz de
tramar um lance sequer. Ambos terminaram a partida sem
uma finalização certa. Adriano
deu somente dois chutes contra a meta de Marcos.
O problema para o São Paulo
era que, com a ausência de Richarlyson -Júnior o substituiu
sem o brilho de outros anos- e
a fraca partida feita por Joílson,
o time não armava jogadas pelas pontas e, no meio, perdia todas para os volantes rivais.
E veio do miolo palmeirense,
também, a arma mais letal contra o oponente. A boa saída de
bola nos pés tanto de Léo Lima
como de Martinez tornava o
contra-ataque palmeirense
sempre perigoso.
No segundo tempo, o técnico
Vanderlei Luxemburgo turbinou essa jogada com as entradas de Lenny e Denílson, nos
lugares de Alex Mineiro e Kléber, respectivamente.
Foi assim que a equipe construiu o segundo tento, pegando
o São Paulo desprevenido em
seu sistema defensivo. Aos
39min, quando o time do Morumbi pressionava pelo empate
que o colocaria na final, Lenny
puxou a jogada pelo meio e tocou para Wendel -que entrara
no lugar de Diego Souza- cruzar na medida para Valdivia.
Sozinho, o chileno só empurrou para dentro e comemorou
o gol cruzando os braços, como
se a partida tivesse acabado.
Marcos, que foi impecável
nas saídas do gol, ainda anulou
a principal jogada são-paulina
nos chuveirinhos de Jorge
Wagner. Em um deles, inclusive, impediu o gol quando a bola
já quase o encobria.
Muricy Ramalho ainda tentou com Hugo, Sérgio Mota
(que entrou como ala, posição
em que jamais treinou, no lugar
de Joílson) e Borges. Viu seu
plano cair por terra com a expulsão de André Dias, aos
35min, após um safanão em
Valdivia -o zagueiro já tinha
cartão amarelo. Não fosse a fome de Lenny, o chileno poderia
ter feito seu segundo gol.
E o são-paulino entregou a
toalha quando, durante a festa
de Valdivia, a energia voltou a
cair no estádio. Aos gritos de
"vamos ganhar, porco", a festa
já começava.0
(MÁRVIO DOS ANJOS, RENAN CACIOLI E TONI ASSIS)
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