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FUTEBOL
Equipe de policiais terá mais quartos no hotel do Brasil na França
Segurança antiterror da
seleção vai ser ampliada
dos enviados a Ozoir-la-Ferrière
A polícia antiterror terá um
espaço maior do
que o inicialmente programado no Château de Grande
Romaine, hotel em que a seleção
ficará hospedada a partir de amanhã, quando chegar à França.
A princípio, quatro quartos do
château seriam ocupados por policiais antiterror.
Ontem, no entanto, a direção do
château e a comissão técnica da seleção aceitaram ampliar esse contingente, cedendo-lhes mais aposentos nos prédios A e C, em número a ser definido pelos policiais
franceses.
No B, onde ficarão todos os jogadores do Brasil, ocuparão pelo
menos dois quartos, em extremidades opostas.
Pelo menos 11 policiais por noite
vão ficar dentro do hotel.
No total, 80 policiais ficarão encarregados da segurança dos brasileiros. Destes, 16 pertencem aos
quadros da Prefeitura de
Ozoir-la-Ferrière, cidade em que a
seleção brasileira fará a maioria de
seus treinos.
A polícia teme que a equipe do
país campeão mundial de futebol
seja alvo de atentados de terroristas que agiriam em busca da divulgação de suas causas.
Os primeiros 12 membros do
Grupo Especial de Intervenção da
Polícia Nacional, que acompanharão os brasileiros durante todo o
período em que eles estiverem na
França, chegaram ontem a Ozoir.
De madrugada, os policiais fizeram uma vistoria no estádio dos
Três Pinheiros, onde a seleção realizará a maior parte dos treinamentos, e instalaram câmeras para vistoriar os torcedores que forem ao local.
No château da seleção brasileira
também foram colocadas câmeras
e spots de luz para facilitar o trabalho da polícia.
Jean Claude Canard, 29, um dos
policiais antiterror, explicou à Folha que um dos momentos mais
complicados será a chegada do time ao aeroporto em Paris.
"Nos trajetos de ida-e-volta
para os treinos, o esquema está
pronto, só estará em Lesigny e
Ozoir quem tiver um passe especial. O que preocupa mais é de Paris para cá."
Para evitar tumultos e diminuir
o risco de atentado terrorista, os
brasileiros não darão entrevista no
aeroporto.
Nos treinos da seleção, haverá 32
policiais antiterror, de acordo
com Canard, 16 dos quais espalhados entre a torcida, na arquibancada e nas tribunas, e 16 nas imediações do estádio.
"Ao mesmo tempo que será
uma presença ostensiva, para
mostrar que se trata de um esquema dos mais fortes, teremos agentes infiltrados na torcida, como se
fossem eles próprios torcedores,
para observar os outros sem serem
percebidos", explicou.
Ainda de acordo com Canard,
que ontem esteve no centro de imprensa montado pela Coca-Cola,
ao lado do estádio dos Três Pinheiros, dos oito agentes antiterror responsáveis pela segurança
do atacante Ronaldinho, pelo menos seis devem usar trajes civis,
para não serem facilmente identificados.
(JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
e MÁRIO MAGALHÃES)
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