São Paulo, quinta-feira, 21 de junho de 2001

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Comissão leva tradição gaúcha até a seleção

DO ENVIADO A TERESÓPOLIS

Com a mudança de comando, a Granja Comary deixou de lado o pagode e a ostentação que marcou a era Luxemburgo para dar lugar às tradições gaúchas. Luiz Felipe Scolari e Flávio Murtosa, seu auxiliar, estão mudando a rotina na concentração da seleção.
A primeira alteração pode ser percebida antes dos almoços e jantares do time na Granja. Pouco antes do início das refeições, os gaúchos Scolari e Murtosa aproveitam o tempo para tomar chimarrão, a bebida típica do Rio Grande do Sul.
""Gostamos do chimarrão. Quando temos um tempo livre, bebemos. Como estamos de regime, tomamos muito chá antes da refeição para maneirar na comida. Com a barriga cheia de água, não dá para comer tanto", disse Murtosa, ex-jogador do Pelotas nos anos 70.
Antes do início da era Scolari, as horas de folga da seleção eram aproveitadas por Wanderley Luxemburgo e seus amigos em rodas de baralho. Eles também gostavam de contar piadas. Luxemburgo foi o último treinador da seleção a trabalhar em Teresópolis.
À época, o pagode dominava a concentração da seleção. O técnico organizou várias rodas de samba no período em que comandava o time nacional.
Já Scolari e Murtosa têm o hábito de ouvir músicas gaúchas, quando não estão trabalhando.
""Temos várias fitas de cantores e de grupos da região", afirmou Murtosa.
A ostentação, outra marca da era Luxemburgo, que adorava exibir carros, relógios e ternos, também foi deixada de lado.
Scolari e seus companheiros são o oposto. Eles dificilmente tiram o uniforme da seleção. (SÉRGIO RANGEL)


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