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Comissão leva tradição gaúcha
até a seleção
DO ENVIADO A TERESÓPOLIS
Com a mudança de comando, a Granja Comary deixou de
lado o pagode e a ostentação
que marcou a era Luxemburgo
para dar lugar às tradições gaúchas. Luiz Felipe Scolari e Flávio Murtosa, seu auxiliar, estão
mudando a rotina na concentração da seleção.
A primeira alteração pode ser
percebida antes dos almoços e
jantares do time na Granja.
Pouco antes do início das refeições, os gaúchos Scolari e Murtosa aproveitam o tempo para
tomar chimarrão, a bebida típica do Rio Grande do Sul.
""Gostamos do chimarrão.
Quando temos um tempo livre,
bebemos. Como estamos de regime, tomamos muito chá antes da refeição para maneirar
na comida. Com a barriga
cheia de água, não dá para comer tanto", disse Murtosa, ex-jogador do Pelotas nos anos 70.
Antes do início da era Scolari,
as horas de folga da seleção
eram aproveitadas por Wanderley Luxemburgo e seus amigos em rodas de baralho. Eles
também gostavam de contar
piadas. Luxemburgo foi o último treinador da seleção a trabalhar em Teresópolis.
À época, o pagode dominava
a concentração da seleção. O
técnico organizou várias rodas
de samba no período em que
comandava o time nacional.
Já Scolari e Murtosa têm o hábito de ouvir músicas gaúchas,
quando não estão trabalhando.
""Temos várias fitas de cantores e de grupos da região", afirmou Murtosa.
A ostentação, outra marca da
era Luxemburgo, que adorava
exibir carros, relógios e ternos,
também foi deixada de lado.
Scolari e seus companheiros
são o oposto. Eles dificilmente
tiram o uniforme da seleção.
(SÉRGIO RANGEL)
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