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BASQUETE
Equipe vence Ribeirão e conquista o Nacional masculino com só uma derrota em dez jogos nos mata-matas
Vasco é campeão com melhor campanha
DA REPORTAGEM LOCAL
O Vasco coroou ontem a melhor campanha da história dos
mata-matas do Nacional masculino ao vencer o COC/Ribeirão Preto, por 87 a 84, após uma prorrogação. Com a vitória, a equipe do
técnico Hélio Rubens Garcia fechou o mata-mata decisivo da
competição em 3 a 0.
Além do bicampeonato, o Vasco conseguiu o melhor retrospecto na fase decisiva do Nacional. A
equipe venceu nove partidas e sofreu só uma derrota nos playoffs
-para o Marathon/Franca, ainda
nas semifinais-, finalizando
com um aproveitamento de 90%.
A melhor campanha da história
dos mata-matas do Nacional, até
a noite de ontem, pertencia ao Rio
Claro, campeão de 1995, que venceu nove jogos, mas perdeu dois.
Ribeirão Preto esteve melhor no
primeiro tempo. Com um time
mais leve em quadra, os paulistas
privilegiaram os arremessos de
longe, conseguindo boa eficiência
no fundamento nesse período
-os erros no final fizeram a média cair para 35% na partida.
O Vasco sofria com a marcação
individual feita sobre os principais arremessadores de sua equipe, Helinho, Demétrius e Rogério.
A equipe carioca também apostava em tiros longos, fazendo poucas infiltrações.
No terceiro quarto, o Ribeirão
conseguiu chegar a uma vantagem de dez pontos graças, principalmente, à eficiência na defesa e
a um jogo de transição rápido para o ataque. O Vasco, no entanto,
diminuiu a diferença no final do
quarto, que terminou em 64 a 57
para a equipe paulista.
Disposto a reagir no último
quarto de jogo, o Vasco começou
a se aproveitar dos seguidos erros
do time de Ribeirão. Mesmo sem
o armador Demétrius, que havia
cometido a quinta falta, conseguiu chegar ao empate.
Com o placar igualado em 76 a
76, o time paulista teve a chance
de um ataque decisivo -desperdiçado. Nos últimos segundos, o
ala Rogério tentou uma cesta de
três, mas a bola bateu no aro.
Na prorrogação, o Vasco perdeu seu outro armador, Helinho,
também desqualificado após cometer a quinta falta. Mesmo assim, o time carioca comandou o
marcador na prorrogação.
Com um ponto na frente (85 a
84), o ala Jefferson fez a última
cesta do Nacional. No contra-ataque, o time do interior paulista
ainda tentou uma cesta de três
pontos, a fim de empatar e levar a
partida para mais uma prorrogação. A bola sobrou no canto direito da quadra para o pivô Tiagão,
que errou o arremesso. O Vasco
gastou os últimos segundos e conquistou o bicampeonato.
"Esse título tem que ser muito
valorizado pelos problemas que a
equipe passou. Você não sabe o
que é trabalhar sob pressão", afirmou Jefferson, lembrando o atraso nos salários do time.
O cestinha foi o pivô Sandro,
com 23 pontos. Fabião, do Ribeirão Preto, foi o melhor embaixo
do garrafão, com 15 rebotes.
"Ninguém acreditava no Ribeirão Preto, mas provamos nosso
valor. Pena que não vencemos",
lamentou o pivô Fabião.
(ADALBERTO LEISTER FILHO)
Colaborou Mário Hugo Monken,
da Sucursal do Rio
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