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JUCA KFOURI
À moda alemã
Pragmático, time
germânico venceu
três, com oito gols,
e já tem maestro
JÁ QUE é para falar de
resultados, eis que a
Alemanha cumpriu
muito bem o seu papel na
primeira fase desta Copa.
Ganhou suas três partidas e não tomou conhecimento do Equador, que,
apesar dos desfalques,
mostrou-se complexado
diante da solidez do jogo
dos donos da casa.
Que cada vez mais tem
seu maestro no jovem
meia Bastian Schweinsteiger, do Bayern de Munique, de apenas 21 anos,
por mais que a Fifa tenha
escolhido Ballack como o
melhor do jogo de ontem.
Ballack, que jogou bem
mesmo, deu uma preciosa
enfiada de bola para Klose
marcar o segundo dos três
gols alemães. Do jeito que
vai, periga o novo meia do
Chelsea superar os desempenhos de Rodrigo
Fabri em suas ótimas temporadas na Portuguesa e
no Grêmio.
É pequena, porém, a
chance de esta Alemanha
brilhar, porque a criatividade não é o forte da equipe, embora tenha virado
lugar comum dizer que os
tedescos jamais empolgam, mas sempre chegam.
E nem é bem verdade,
porque se a Copa de 1954,
que eles venceram, foi a
Copa da Hungria, e a de
1974, também dos germânicos, foi a da Holanda, pelo menos nesta última o time era muito, mas muito
bom e cativante.
Em 1990, ano do tri alemão, de fato, a conquista
só se deu graças a um pênalti inexistente contra a
Argentina, numa final
quase tão pouco empolgante como a de 1994.
Mas para o pragmatismo alemão vale a classificação, com oito gols.
Melhor: escapou, nas oitavas, da Inglaterra, para
quem perdeu uma final de
Copa, em 1966, e enfrentará a valente Suécia.
Em bom alemão: só
mesmo uma razoável zebra tira o time das quartas-de-final.
Como é improbabilíssimo que o Equador derrube os ingleses, de tantas
estrelas e de, até aqui, um
dono do time: Joe Cole, o
mais sul-americano dos
ingleses, com suas fintas
curtas e seus lançamentos
longos, fora o gol que marcou nos suecos, obra prima. Ingleses que parecem
ter perdido Michael
Owen, mas ganharam
Wayne Rooney, um leãozinho dentro de campo.
@ - blogdojuca@uol.com.br
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