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FUTEBOL
Decisão do Paulista é encerrada com tumulto generalizado depois que atacante corintiano brinca com a bola
Edílson faz embaixada, e campo vira ringue
da Reportagem Local
Eram 30min do segundo tempo,
e o Corinthians acabara de empatar o jogo. Na lateral do campo,
próximo ao banco do Corinthians,
o atacante Edílson, marcado à distância pelo palmeirense Júnior, começa a fazer embaixadas.
Após controlar por alguns segundos a bola, ele a coloca nas costas, como se estivesse brincando.
Transtornado com a provocação,
Júnior parte para cima de Edílson.
Na sequência, dois outros palmeirenses, Paulo Nunes e Zinho, fazem o mesmo, acuando e atingindo Edílson, que reage com chutes.
A partir desse momento, o gramado do Morumbi transformou-se num ringue de luta livre.
Paulo Nunes tenta agredir Edílson e corre. O corintiano responde
com um chute que derruba o atacante palmeirense no chão.
Integrantes da comissão técnica
-massagistas, médicos, preparadores físicos- das duas equipes
envolvem-se na mais violenta pancadaria envolvendo jogadores no
futebol paulista nos últimos anos.
Edílson, alvo da ira dos adversários, corre para se refugiar nos vestiários, escoltado pelo preparador
de goleiros Paulo César Gusmão.
O técnico do Corinthians, Oswaldo de Oliveira, fica sem saber o que
fazer. Inicialmente, diz que vai
manter Edílson em campo. Instantes depois, vendo a proporção que
a confusão tomara, muda de idéia
e diz que vai substituir o atacante.
Mas antes que ele possa fazer
qualquer coisa, após dez minutos
de tumulto, o árbitro Paulo César
de Oliveira, alegando falta de segurança, resolve encerrar o jogo.
A tensão que deflagrou a briga já
existia antes do início de jogo.
Na primeira final, quase houve
briga em campo. Os palmeirenses
acusavam os corintianos de terem
sido violentos durante o jogo.
Marcelinho afirmou que ouviu
de Luiz Felipe Scolari a ameaça de
que o técnico mandaria seus jogadores baterem no jogo de hoje.
Para piorar a situação, no meio
da semana Edílson disse que torceria contra o Palmeiras na decisão
da Libertadores, o que irritou ainda mais os palmeirenses.
"O Edílson já vinha tumultuando
havia muito tempo", afirmou o lateral Júnior. "Ele deve estar assim
porque não venceu a Libertadores.
Deve estar com ciúme", disse o
palmeirense Galeano.
(FÁBIO VIC
TOR, FERNANDO MELLO, MAÉRCIO
SANTAMARINA e RODRIGO BUENO)
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