São Paulo, quinta-feira, 21 de julho de 2011

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JUCA KFOURI

Quem para o Timão?


O Corinthians arrumou um time que não deixa jogar e quase não perde chance de marcar gols


JOGADOS DEZ jogos neste Brasileirão o Corinthians tem um desempenho nota 9.
Ganhou todas menos uma partida, que empatou, no Rio, com o Flamengo, embora merecesse vencer.
Digamos que o Corinthians é o Uruguai e os demais são os demais, porque ninguém mostra o conjunto, o entrosamento, a seriedade, numa palavra, o time que o alvinegro revela cada vez mais à medida que as rodadas se sucedem.
Sim, o Corinthians soube se aproveitar de um começo de campeonato em que alguns dos rivais se dividiam em outros torneios e, além de acumular pontos preciosos, se fortaleceu moralmente de maneira tal que não será fácil derrotá-lo, desafio posto para o Cruzeiro, no domingo, no Pacaembu.
A vitória de ontem contra o Botafogo, em São Januário (e não no Engenhão, como aqui escrito na última segunda-feira), foi daquelas que afirmam ainda mais um grupo vencedor.
Porque não só o Corinthians foi melhor que o Botafogo, que até então só tinha perdido na estreia no Brasileirão, como fez o 2 a 0 quando vivia o drama de estar com o goleiro Júlio César defendendo bolas com o dedo mindinho esquerdo luxado. Só faltava sangue na camisa.
Tomar apenas quatro gols numa dezena de jogos e marcar 19, melhor defesa e melhor ataque do campeonato, não é para qualquer um numa competição tão equilibrada como o Brasileirão.
E basta olhar para o banco corintiano para perceber que há condições de levar adiante a campanha invicta até o imponderável.
No próximo jogo, por exemplo, é bem possível que o time não tenha Jorge Henrique, que saiu machucado, e certamente não terá nem seu goleiro nem Liedson, que levou o terceiro cartão amarelo.
Chance para Renan estrear no gol e para Alex e Emerson se firmarem, sem se falar na opção que Edenílson também representa.
É, o Corinthians talvez não seja nem o Uruguai, porque não tem estrelas como Lugano, como Forlan, como Luis Suárez.
Mas tem, como a Celeste, um time equilibrado e forte que deu a sorte de ver a negociação com Carlitos Tevez gorar e não precisa ter pressa para ver Adriano estrear.
Tirar sete pontos de vantagem em dez rodadas é também de se tirar o chapéu.
Coisa que o governo paulista não merece ao pagar R$ 70 milhões para fazer a abertura da Copa do Mundo em São Paulo.

blogdojuca@uol.com.br


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