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BASQUETE NO MUNDO
Oscar, o Magdo
MELCHIADES FILHO
"Não seria legal votar em alguém que a gente goste, que a
gente ame? Eu acho."
"Não existe figura mais bonita do que a de senador. Sempre
gostei de ver aqueles filmes históricos que mostram imagens
do Senado da Roma antiga."
"O meu objetivo, basicamente,
é defender o Estado de São Paulo, sem perder de vista as necessidades do resto do país."
"Vou lutar por uma lei de incentivo fiscal para o esporte.
Sou um atleta de alto nível e,
ainda assim, é enorme a dificuldade para obter patrocinador."
"Vou combater a droga e o
alcoolismo por meio do apoio à
família, da religião e do patriotismo. As três coisas mais importantes da vida são a família,
a religião e o país."
"Acho que todos os dias, em
toda sala de aula do país, os
alunos deveriam cantar o Hino
Nacional. Seria ótimo também
que toda classe tivesse uma
bandeira do Brasil na parede."
"Devemos ser patriotas. Falta
educação cívica ao brasileiro.
Ela nos faz ver a importância
dos símbolos nacionais e a necessidade de defendê-los."
"Esporte e religião são as coisas mais fortes para tirar as
crianças do lado ruim da vida.
Vou lutar para que o ensino
religioso seja implantado em
todas as escolas do Brasil."
"Minha falta de experiência é
compensada por outras qualidades. Sigo os princípios da vida direitinho."
"Posso ser uma boa opção para quem deseja renovar a política. No futuro, em Brasília, teremos 20 como eu."
Essas declarações integram a
entrevista do postulante ao Senado pelo PPB paulista à revista "Veja" desta semana.
Oscar Schmidt, 40, é o melhor
jogador que as quadras nacionais produziram. Quem o conhece jura que é honesto. Seu
estilo, que alia sorrisos criançolas a lágrimas sinceras, amestrou até a imprensa. Mas sua
plataforma política é de lascar.
Ex-Forrest Gump, o cestinha virou candidato a Magdo.
Ronaldinho 1
Se um dia precisar reforçar
seu quadro de assessores, a
NBA deveria garimpar a imprensa brasileira. Até com o
caso Ronaldinho a nossa mídia
achou meios de exaltar a
"transparência" e a "eficiência" da liga norte-americana, a
mesma liga que ocultou overdoses (como a de Reggie Lewis,
morto em 93) e aboliu os exames antidoping para preservar
a imagem de seus craques -a sua, no final das contas.
Ronaldinho 2
Outra besteira é comparar
Ronaldinho a Michael Jordan,
dizendo que este se diferencia
por nunca ter "amarelado"
em decisões. Jordan hoje é
considerado um Deus do basquete, mas, aos 21 anos, nem
mesmo tinha alcançado os profissionais -quanto mais, jogado para uma audiência estimada em 2 bilhões. Seu primeiro título na NBA só veio quando tinha 28 anos.
E-mail melk@uol.com.br
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