São Paulo, sábado, 21 de agosto de 2004

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Após gol, Corinthians amansa

Time de Tite, que enfrenta hoje o Grêmio no Pacaembu, pára de atacar os adversários após conseguir uma vantagem no placar, como na derrota para o Paysandu de virada por 2 a 1

DA REPORTAGEM LOCAL

A estratégia de atacar até fazer um gol e recuar em seguida para segurar o resultado não deu certo no último jogo, mas será repetida hoje pelo Corinthians. O rival é o Grêmio, às 16h, no Pacaembu.
Apenas em uma de suas oito vitórias no Brasileiro sob o comando de Tite o time não parou de atacar após abrir o placar. Só no 1 a 0 sobre o Criciúma a equipe finalizou mais depois de ficar em vantagem, segundo o Datafolha.
O recuo causou a derrota de virada para o Paysandu (2 a 1), quarta-feira. Antes, o time cedera o empate para o Botafogo (2 a 2) no fim, da mesma maneira.
Tite não vê problemas. Ficará satisfeito se a equipe repetir o desempenho da derrota em Belém.
"Depois do gol, continuamos com volume de jogo. Temos que seguir com essa evolução", disse.
As palavras de Tite são desmentidas pelos números. Contra o Paysandu, a equipe abriu o placar aos 42min do primeiro tempo. Foram nove finalizações até o gol. Recuada, só arrematou três vezes no segundo tempo. "Não percebi isso. Não vi essa falta de ousadia."
Tite diz só ter notado esse recuo na vitória por 1 a 0 sobre o Figueirense, em Florianópolis. Naquele jogo, seu time fez seis finalizações antes de abrir o placar, aos 43min do primeiro tempo, e duas depois.
Apesar de não saltar aos olhos de Tite, esse fato ocorreu nos últimos três jogos. Na vitória sobre a Ponte Preta (2 a 0), que ocorreu entre os jogos com Figueirense e Paysandu, foram dez chances criadas enquanto estava 0 a 0, até os 40min da primeira etapa. Depois, criou apenas quatro.
Quem acompanhou essas partidas e ouve as explicações de Tite pensa se tratar de outro time. "Sempre temos ímpeto para atacar. Não vou mudar, mesmo sob risco de tomar a virada no final."
Jô discorda. "Espero que o jogo em Belém sirva de lição. Precisamos jogar com intensidade o tempo inteiro." (RICARDO PERRONE)


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