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CIDA SANTOS
Jogada de mestre
A ESTRATÉGIA do técnico Bernardinho foi perfeita: classificado para a fase final da Liga
Mundial, o Brasil enfrentou Portugal com reservas. Seis jogadores foram já na sexta-feira para a Europa e
ganharam mais tempo de descanso
da viagem e para a adaptação ao fuso
horário de Moscou, sede das finais,
que começam na quarta-feira.
Os reservas, reforçados pelo central Gustavo e pelo líbero Escadinha,
venceram os portugueses. Ontem
mesmo, quem ficou no Brasil partiria para Moscou, uma viagem de
mais de 20 horas. A turma só terá
dois dias para se adaptar ao fuso local, de sete horas de diferença.
Já Giba, Dante, Ricardinho, André
Nascimento, Rodrigão e André Heller terão menos problemas. Eles fizeram um período de adaptação na
Itália, a convite de um clube, o Latina. Esse fato gerou saia justa entre o
presidente da Federação Italiana de
Vôlei, Carlo Magri, e os clubes.
Magri divulgou uma nota lembrando que a federação é a única entidade que representa o vôlei italiano. Ou seja, nenhum clube pode fazer contato com delegações estrangeiras sem sua autorização.
É a velha rivalidade em cena, mas
essa não é a primeira vez que o Brasil
se prepara na Itália. Pouco antes da
Olimpíada de Atenas-04, o time nacional fez um período de aclimatação lá. Para o Mundial, em novembro, a seleção também tinha planos
de treinar um período em Modena,
mas agora vai ficar complicado.
Na fase decisiva da Liga Mundial,
o Brasil terá adversários mais fortes
do que Portugal, Argentina e Finlândia. O grande desafio será contra a
equipe russa, que joga em casa e é
poderosa no saque e bloqueio. A
França pode surpreender: terminou
à frente de Rússia e Itália na fase inicial da competição.
A Itália deve disputar a final como
convidada. Magri já tinha divulgado
o convite, mas a Federação Internacional não confirmou. O anúncio será hoje. O time está crescendo: começou mal na Liga, mas na última
rodada venceu a Rússia duas vezes.
Feminino
No feminino, o Brasil vai muito
bem no Grand Prix. A seleção venceu os três primeiros jogos que disputou: contra Coréia do Sul, Cuba e
Japão. Só perdeu um set, para as
cubanas. A maior qualidade do time nesses confrontos foi o saque.
A novidade da estréia, contra a
Coréia, para o jogo de ontem contra
o Japão foi uma mudança no time.
A ponteira Mari ganhou a posição,
e o time melhorou no bloqueio. Jaqueline foi para a reserva. A base da
equipe é Sassá na outra ponta; Fabiana e Walewska no meio; e Sheila
na diagonal de Fofão.
A partir de sexta-feira, o Brasil
terá uma chave mais dura pela
frente, com República Dominicana, EUA e China. Ontem, as chinesas arrasaram as russas com uma
vitória por 3 sets a 0. Além do Brasil, só mais duas seleções estão invictas no Grand Prix: Itália e China.
MISTÉRIO
A chinesa Zhao Ruirui, 1,96 m,
que deu show na Copa do Mundo-03, está há mais de dois anos sem
jogar causa de uma fratura. Após
vários anúncios sobre sua volta, a
promessa agora é que ela vai disputar o Mundial. Vamos esperar.
SURPRESA
A atacante do Azerbaijão Natalya
Mammadova, 21 anos e 1,95 m, foi
destaque da primeira semana do
GP. Fez 31 pontos contra as russas
e quase provoca a maior zebra. A
Rússia venceu, de virada, por 3 a 2.
ELA DE NOVO!
Natalya Mammadova continuou
inspirada na segunda rodada contra a China, a campeã olímpica. Ela
marcou 35 pontos. Resultado: o
Azerbaijão também deu um susto
na China, mas perdeu de virada divulgado por um site italiano.
cidasan uol.com.br
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