São Paulo, segunda-feira, 21 de agosto de 2006

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CIDA SANTOS
Jogada de mestre

A ESTRATÉGIA do técnico Bernardinho foi perfeita: classificado para a fase final da Liga Mundial, o Brasil enfrentou Portugal com reservas. Seis jogadores foram já na sexta-feira para a Europa e ganharam mais tempo de descanso da viagem e para a adaptação ao fuso horário de Moscou, sede das finais, que começam na quarta-feira.
Os reservas, reforçados pelo central Gustavo e pelo líbero Escadinha, venceram os portugueses. Ontem mesmo, quem ficou no Brasil partiria para Moscou, uma viagem de mais de 20 horas. A turma só terá dois dias para se adaptar ao fuso local, de sete horas de diferença. Já Giba, Dante, Ricardinho, André Nascimento, Rodrigão e André Heller terão menos problemas. Eles fizeram um período de adaptação na Itália, a convite de um clube, o Latina. Esse fato gerou saia justa entre o presidente da Federação Italiana de Vôlei, Carlo Magri, e os clubes.
Magri divulgou uma nota lembrando que a federação é a única entidade que representa o vôlei italiano. Ou seja, nenhum clube pode fazer contato com delegações estrangeiras sem sua autorização. É a velha rivalidade em cena, mas essa não é a primeira vez que o Brasil se prepara na Itália. Pouco antes da Olimpíada de Atenas-04, o time nacional fez um período de aclimatação lá. Para o Mundial, em novembro, a seleção também tinha planos de treinar um período em Modena, mas agora vai ficar complicado.
Na fase decisiva da Liga Mundial, o Brasil terá adversários mais fortes do que Portugal, Argentina e Finlândia. O grande desafio será contra a equipe russa, que joga em casa e é poderosa no saque e bloqueio. A França pode surpreender: terminou à frente de Rússia e Itália na fase inicial da competição. A Itália deve disputar a final como convidada. Magri já tinha divulgado o convite, mas a Federação Internacional não confirmou. O anúncio será hoje. O time está crescendo: começou mal na Liga, mas na última rodada venceu a Rússia duas vezes.

Feminino
No feminino, o Brasil vai muito bem no Grand Prix. A seleção venceu os três primeiros jogos que disputou: contra Coréia do Sul, Cuba e Japão. Só perdeu um set, para as cubanas. A maior qualidade do time nesses confrontos foi o saque. A novidade da estréia, contra a Coréia, para o jogo de ontem contra o Japão foi uma mudança no time.
A ponteira Mari ganhou a posição, e o time melhorou no bloqueio. Jaqueline foi para a reserva. A base da equipe é Sassá na outra ponta; Fabiana e Walewska no meio; e Sheila na diagonal de Fofão. A partir de sexta-feira, o Brasil terá uma chave mais dura pela frente, com República Dominicana, EUA e China. Ontem, as chinesas arrasaram as russas com uma vitória por 3 sets a 0. Além do Brasil, só mais duas seleções estão invictas no Grand Prix: Itália e China.

MISTÉRIO
A chinesa Zhao Ruirui, 1,96 m, que deu show na Copa do Mundo-03, está há mais de dois anos sem jogar causa de uma fratura. Após vários anúncios sobre sua volta, a promessa agora é que ela vai disputar o Mundial. Vamos esperar.

SURPRESA
A atacante do Azerbaijão Natalya Mammadova, 21 anos e 1,95 m, foi destaque da primeira semana do GP. Fez 31 pontos contra as russas e quase provoca a maior zebra. A Rússia venceu, de virada, por 3 a 2.

ELA DE NOVO!
Natalya Mammadova continuou inspirada na segunda rodada contra a China, a campeã olímpica. Ela marcou 35 pontos. Resultado: o Azerbaijão também deu um susto na China, mas perdeu de virada divulgado por um site italiano. cidasan uol.com.br


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