São Paulo, domingo, 21 de agosto de 2011

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros JUCA KFOURI Os novos pentas Depois da seleção principal em 2002, eis que os meninos sub-20 também são pentacampeões MANO MENEZES já tem algo para chamar de seu desde que foi trabalhar na CBF: a conquista do Mundial sub-20 sob o comando de Ney Franco, por ele indicado. E com um Oscar Pé Santo! É sabido que mais do que ser campeão nas categorias de base, o que vale mesmo é que estas revelem jogadores para os times adultos. Mas apesar da ausência dos dois melhores jogadores brasileiros sub-20, Neymar e Lucas, Portugal, cuja defesa estava invicta, levou três gols e foi batido na final. Assim como a Espanha foi superada pelo time brasileiro nas quartas de final apesar de jogar à imagem e semelhança dos atuais campeões mundiais, o que é bom por um lado, por significar a adoção de um tipo de jogo, de uma escola até, mas pode ser ruim por outro, se significar camisa de força, engessamento de talentos ainda em flor. Em Portugal haveria festa e recepção monumental. Aqui não se ouviu nem um rojão. Não faz mal. Depois de ver a camisa amarela apanhar tanto, uma vitória dessas serve para lembrar que o futebol brasileiro ainda vive e tem futuro, além do passado glorioso. E tem Londres-2012. VIVA, TEIXEIRA! Enfim, Ricardo Teixeira tornou-se fiel credor do Brasil. A ele devemos todos, torcedores ou não, a união de gente que só quer o bem do país em prol de uma causa comum. Basta dizer que ele uniu Fernando Henrique Cardoso e Dilma Rousseff, a Rede Globo e a Rede Record, as torcidas do Corinthians, do São Paulo e do Palmeiras, todos juntos, vamos, pra frente Brasil, a salvo da corrupção. Ninguém é 100% ruim nem 100% bom e Ricardo Teixeira é mais uma prova disso ao mostrar seu lado positivo neste momento em que se luta novamente por uma limpeza ampla, geral e irrestrita num Brasil que precisa inaugurar novos tempos e deixar para trás a herança dos pedágios indevidos, dos deslizes premiados, das influências artificiais, das chantagens bem sucedidas. Não há nada que o país possa fazer para tirá-lo da CBF -a não ser a mobilização das torcidas-do mesmo modo que não há nada que o país não deva fazer para tirá-lo do COL -a clara manifestação do governo de que não haverá dinheiro público sob sua direção. Teixeira já conseguiu juntar o que há de melhor contra ele. E, como se sabe, quanto melhor, melhor. blogdojuca@uol.com.br Texto Anterior: Oscar faz três e dá 5º título ao Brasil Próximo Texto: Uefa investigará patrocínio de xeque Índice | Comunicar Erros

Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.