|
Próximo Texto | Índice
ATLETISMO
Equipe busca 1ª medalha de ouro na história e continuidade do sucesso obtido no Pan-Americano
Brasil busca fim de tabu no Mundial
LUÍS CURRO
da Reportagem Local
Pela primeira medalha de ouro
na história e pela continuidade da
boa reputação alcançada no Pan-Americano de Winnipeg (Canadá), o Brasil inicia hoje sua participação no 7º Mundial de atletismo, em Sevilha (Espanha).
No Pan, o atletismo foi, ao lado
da natação, o maior destaque da
delegação brasileira, conseguindo
sete medalhas de ouro, cinco de
prata e quatro de bronze.
"Com uma geração renovada, o
atletismo está em estado de graça
neste ano", afirmou Jayme Netto
Jr., um dos técnicos da seleção
brasileira no Mundial.
Apesar de não ter estabelecido
como meta principal o lugar mais
alto no pódio, a comissão técnica
brasileira deposita em Maurren
Maggi, no salto em distância, e na
equipe do revezamento 4 x 100 m,
as esperanças do ouro inédito para o país em Mundiais.
Até hoje, o melhor resultado
que o Brasil conseguiu foi no
Mundial-91, em Tóquio, com a
medalha de prata de Zequinha
Barbosa nos 800 m.
Nas seis edições já realizadas da
competição, foram cinco medalhas brasileiras.
As outras quatro, todas de
bronze, foram conquistadas por
Joaquim Cruz, nos 800 m, em 83,
Zequinha Barbosa, nos 800 m, em
87, Luiz Antônio dos Santos, na
maratona, em 95, e Claudinei Qurino, nos 200 m, em 97.
Maurren, que já salta hoje (leia
texto nesta página), é, no papel, a
maior favorita no salto em distância, já que lidera o ranking do ano.
Em junho, no Sul-Americano,
na Colômbia, ela saltou 7,26 m.
No Pan-Americano, venceu a
prova com 6,59 m.
"A Maurren é uma das favoritas
para a medalha, mas a prova será
muito dura. Há pelo menos outras oito no mesmo nível", disse
Nélio Moura, técnico da delegação que tem acompanhado de
perto os treinos da brasileira.
O revezamento 4 x 100 m é um
dos últimos a competir. A eliminatória acontece no dia 28, e a final, no dia 29, a última do Mundial de Sevilha.
No Pan de Winnipeg, o quarteto
brasileiro formado por Raphael
Oliveira, Claudinei Quirino, Edson Luciano e André Domingos
venceu, o que provocou um clima
de revanchismo dos canadenses.
Após a prova, Donovan Bailey
(ex-recordista mundial dos 100
m) prometeu o troco no Mundial.
Só que, nesta competição, diferentemente do Pan, os EUA estarão competindo com sua força
máxima, com a equipe liderada
pelo recordista mundial dos 100
m, Maurice Greene.
A Grã-Bretanha (com Gardener, Campbell, Devonish e Golding) tem os melhores tempos da
temporada (38s16 e 38s17), seguida de perto pelo Brasil (38s18).
O tempo do quarteto brasileiro
foi obtido justamente na final do
Pan-Americano de Winnipeg.
Nessa prova, Netto Jr. já adianta
que o Brasil assumirá um risco alto para conseguir a primeira colocação: não haverá margem de segurança na passagem do bastão
entre os atletas.
Ou seja, há chance de a equipe
brasileira "queimar" em uma das
passagens e ser desclassificada.
De acordo com o treinador, a tática, apesar de arriscada, vale a pena. "Se formos perfeitos, poderemos ser ouro."
A prioridade do 4 x 100 m é tanta que os técnicos decidiram retirar Claudinei Quirino da prova
individual dos 100 m, a fim de
poupá-lo para o revezamento.
Também têm chances de medalha para o Brasil, mas desta vez o
ouro é considerado quase impossível, Claudinei Quirino, nos 200
m, Eronildes Araújo, nos 400 m
com barreiras, e o revezamento 4
x 400 m (com Anderson Santos,
Claudinei Quirino, Eronildes
Araújo e Sanderlei Parrela).
Os outros brasileiros (o país
participa com 12 homens e 4 mulheres) irão competir para alcançar as finais de suas provas e melhorar suas marcas pessoais.
Próximo Texto: Doping tira estrelas da competição Índice
|