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OLIMPÍADA
Rogge ganha poderes para agilizar ações em eventual ataque
COI se arma
para gerir
situações de
emergência
DA REDAÇÃO
O presidente do COI (Comitê
Olímpico Internacional), o belga
Jacques Rogge, recebeu ontem
""plenos poderes" para tomar decisões de urgência com relação
aos Jogos de Inverno de Salt Lake
City-2002, incluindo a possibilidade de cancelar a competição.
Apesar disso, o dirigente reiterou que deseja que os Jogos aconteçam de 8 a 24 de fevereiro, conforme previsto no planejamento.
A decisão aconteceu ao término
de uma reunião de três dias envolvendo dirigentes do COI, em Lausanne, na Suíça. Durante a reunião, entre outras decisões, a entidade confirmou a realização da
competição na cidade americana.
""Não poderemos perder tempo
se tivermos que tomar decisões.
Não é uma resposta a uma situação já existente. Mas o presidente
do COI precisa estar capacitado
caso haja necessidade de tomar
alguma decisão [de emergência],
justificou Rogge ao receber os poderes especiais, o que ocorreu
tendo em vista os ataques terroristas ocorridos em Nova York e
Washington na semana passada.
Mesmo com esses novos poderes, Rogge afirmou que não cancelaria os Jogos de Salt Lake-02
sem consultar previamente a junta diretiva do COI.
O vice-presidente da entidade, o
australiano Kevan Gosper, explicou que para que os Jogos de Inverno sofressem um cancelamento, seria necessária uma votação
do plenário do comitê que conta
com mais de 120 integrantes.
Ao ser questionado se existe a
possibilidade de os Jogos de Salt
Lake-02 serem cancelados, Rogge
respondeu: "Não negaria essa
possibilidade, mas tampouco
gosto de fazer especulações".
""Os poderes que me foram outorgados são para questões operativas. Uma decisão de tal natureza [o cancelamento dos Jogos de
Salt Lake], não deverá ser tomada
apenas por mim. Não sou pessimista, não há a necessidade de fazê-lo", confirmou Rogge.
Segundo o dirigente, que acredita ser a Olimpíada uma resposta
à violência e que não deve ser vitimada por esta, seus novos poderes incluem questões financeiras,
a programação das provas e
""muitos outros aspectos".
Rogge se recusou a comentar a
possibilidade de os Jogos serem
suspensos caso a resposta dos
EUA aos ataques de 11 de setembro evoluam para uma guerra
-as únicas vezes em que as
Olimpíadas não aconteceram foram durante as guerras mundiais.
Rogge foi questionado sobre a
possibilidade de alguns países
boicotarem os Jogos no caso de
ocorrer um conflito militar.
""Os Jogos são de inclusão e não
de exclusão. A Olimpíada não é
uma competição de nações, mas
de atletas", respondeu o dirigente,
que assumiu o COI em julho.
O COI trabalhará em conjunção
com as autoridades norte-americanas com o objetivo de garantir a
segurança de todos os envolvidos
nos Jogos de Salt Lake City.
Com agências internacionais
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