São Paulo, sábado, 21 de setembro de 2002

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TÊNIS

Meligeni e Guga levam susto contra canadenses, mas vencem seus jogos de simples pela repescagem da Davis, no Rio

Brasil fica a uma vitória de seguir na elite

FERNANDO ITOKAZU
ENVIADO ESPECIAL AO RIO

O Brasil suou, mas conseguiu abrir 2 a 0 no primeiro dia do confronto diante do Canadá, pela repescagem da Copa Davis, no Rio.
Na partida que abriu a disputa, ontem, no clube Marapendi, Fernando Meligeni derrotou Frank Dancevic por 3 sets a 1 (6/2, 7/5, 2/6 e 7/5). Na sequência, Gustavo Kuerten venceu Daniel Nestor por 3 sets a 0 (6/4, 7/6 e 6/0).
Com os resultados, o Brasil fica apenas a uma vitória em três partidas (duplas hoje e duas de simples amanhã) para garantir a permanência no Grupo Mundial, a divisão de elite da mais importante competição entre países.
Liderado por Guga, o Brasil disputa, desde 1997, sem interrupção, o Grupo Mundial da Davis.
O país joga a repescagem após ter sido derrotado pela Republica Tcheca (4 a 1), em fevereiro, nos domínios dos rivais, pela primeira rodada da competição.
Os canadenses buscam a vaga na elite após passarem por México (4 a 1) e Chile (5 a 0) nos zonais (divisões secundárias) da Davis.
O Brasil abriga o confronto e pôde escolher o piso porque na última das três vezes em que os países se enfrentaram, em 1990, o Canadá havia sido o anfitrião.
No jogo que abriu o confronto, Fernando Meligeni, 72º do ranking da ATP, teve um bom início contra Frank Dancevic, 466º.
O brasileiro conseguiu duas quebras no primeiro set e logo fechou em 6/4. Na segunda série, Meligeni conseguiu novamente duas quebras, contra uma de Dancevic, e marcou 7/5.
Porém, no terceiro set, o canadense reagiu e fechou em 6/2.
O quarto set foi o mais equilibrado. Meligeni venceu no saque do adversário logo no primeiro game, mas permitiu a devolução da quebra no sexto game.
Embora tenha reagido, Dancevic, com dores na perna e cãibras, precisou de atendimento médico em vários momentos do set.
Em melhor condição, Meligeni quebrou o serviço adversário no 11º game e só precisou confirmar o seu para fechar a partida.
O brasileiro afirmou que não teve uma boa atuação. "Tem horas que não dá para jogar como a gente quer. A única coisa em que eu pensava era que tinha que ganhar de qualquer jeito."
No segundo jogo, o céu nublado deixou o clima mais ameno.
Como Guga previra, o canadense Daniel Nestor apostou na tática do saque-voleio e começou assustando: conseguiu abrir 3 a 0.
O brasileiro, porém, se recuperou. Devolveu a quebra, conseguiu uma de vantagem e fez 6/4.
O segundo set foi o mais disputado do dia. Kuerten conseguiu uma nova quebra no terceiro game, mas sofreu a devolução. A série foi então para o tie-break. O desempate seguiu equilibrado, mas, nos momentos decisivos, Guga foi melhor e fez 12 a 10.
O terceiro set foi totalmente tranquilo para o brasileiro, que marcou 6/0. Foi o primeiro "pneu" de Kuerten na Davis desde 1997, quando vencera o neozelandês Brett Steven, também na repescagem, por 6/1 e 6/0.
"Não sou especialista em simples. Gastei a adrenalina nos primeiros sets, e o ritmo caiu após a derrota no tie-break", disse Nestor, apenas o 672º no ranking.
Guga classificou o jogo como difícil. "Ele é chato pois não te dá ritmo. Você precisa ficar concentrado o tempo todo. O importante é que ganhei em três sets, sem me desgastar muito", disse sobre o jogo de duas horas e sete minutos.



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