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TÊNIS
Meligeni e Guga levam susto contra canadenses, mas vencem seus jogos de simples pela repescagem da Davis, no Rio
Brasil fica a uma vitória de seguir na elite
FERNANDO ITOKAZU
ENVIADO ESPECIAL AO RIO
O Brasil suou, mas conseguiu
abrir 2 a 0 no primeiro dia do confronto diante do Canadá, pela repescagem da Copa Davis, no Rio.
Na partida que abriu a disputa,
ontem, no clube Marapendi, Fernando Meligeni derrotou Frank
Dancevic por 3 sets a 1 (6/2, 7/5,
2/6 e 7/5). Na sequência, Gustavo
Kuerten venceu Daniel Nestor
por 3 sets a 0 (6/4, 7/6 e 6/0).
Com os resultados, o Brasil fica
apenas a uma vitória em três partidas (duplas hoje e duas de simples amanhã) para garantir a permanência no Grupo Mundial, a
divisão de elite da mais importante competição entre países.
Liderado por Guga, o Brasil disputa, desde 1997, sem interrupção, o Grupo Mundial da Davis.
O país joga a repescagem após
ter sido derrotado pela Republica
Tcheca (4 a 1), em fevereiro, nos
domínios dos rivais, pela primeira rodada da competição.
Os canadenses buscam a vaga
na elite após passarem por México (4 a 1) e Chile (5 a 0) nos zonais
(divisões secundárias) da Davis.
O Brasil abriga o confronto e
pôde escolher o piso porque na
última das três vezes em que os
países se enfrentaram, em 1990, o
Canadá havia sido o anfitrião.
No jogo que abriu o confronto,
Fernando Meligeni, 72º do ranking da ATP, teve um bom início
contra Frank Dancevic, 466º.
O brasileiro conseguiu duas
quebras no primeiro set e logo fechou em 6/4. Na segunda série,
Meligeni conseguiu novamente
duas quebras, contra uma de
Dancevic, e marcou 7/5.
Porém, no terceiro set, o canadense reagiu e fechou em 6/2.
O quarto set foi o mais equilibrado. Meligeni venceu no saque
do adversário logo no primeiro
game, mas permitiu a devolução
da quebra no sexto game.
Embora tenha reagido, Dancevic, com dores na perna e cãibras,
precisou de atendimento médico
em vários momentos do set.
Em melhor condição, Meligeni
quebrou o serviço adversário no
11º game e só precisou confirmar
o seu para fechar a partida.
O brasileiro afirmou que não teve uma boa atuação. "Tem horas
que não dá para jogar como a
gente quer. A única coisa em que
eu pensava era que tinha que ganhar de qualquer jeito."
No segundo jogo, o céu nublado
deixou o clima mais ameno.
Como Guga previra, o canadense Daniel Nestor apostou na tática
do saque-voleio e começou assustando: conseguiu abrir 3 a 0.
O brasileiro, porém, se recuperou. Devolveu a quebra, conseguiu uma de vantagem e fez 6/4.
O segundo set foi o mais disputado do dia. Kuerten conseguiu
uma nova quebra no terceiro game, mas sofreu a devolução. A série foi então para o tie-break. O
desempate seguiu equilibrado,
mas, nos momentos decisivos,
Guga foi melhor e fez 12 a 10.
O terceiro set foi totalmente
tranquilo para o brasileiro, que
marcou 6/0. Foi o primeiro
"pneu" de Kuerten na Davis desde 1997, quando vencera o neozelandês Brett Steven, também na
repescagem, por 6/1 e 6/0.
"Não sou especialista em simples. Gastei a adrenalina nos primeiros sets, e o ritmo caiu após a
derrota no tie-break", disse Nestor, apenas o 672º no ranking.
Guga classificou o jogo como
difícil. "Ele é chato pois não te dá
ritmo. Você precisa ficar concentrado o tempo todo. O importante
é que ganhei em três sets, sem me
desgastar muito", disse sobre o jogo de duas horas e sete minutos.
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