|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
De sparring, Guga volta a ser protagonista na Davis
Outro parceiro de treinamento, Thomaz Bellucci, abre confronto com a Áustria
Comissão técnica seleciona
tricampeão de Roland Garros, que diz ter viajado sem expectativa de jogar, para formar dupla com Sá
DA REPORTAGEM LOCAL
Levados à Áustria como meros sparrings (parceiros de treino), Gustavo Kuerten e Thomaz Bellucci foram alçados à
condição de protagonistas da
equipe brasileira na Copa Davis. O confronto com os austríacos começa hoje, às 7h.
Em quadra de carpete, os
brasileiros tentam voltar à primeira divisão do tênis mundial,
após ausência de quatro anos.
Na escalação divulgada ontem, Bellucci, 19, foi anunciado
no jogo de simples que abre o
duelo, contra Jurgen Melzer, e
Guga nas duplas, com André Sá.
Originalmente, Guga e Bellucci iriam à Áustria apenas
para ajudar na preparação. A
comissão técnica avaliou que
Bellucci vinha bem nos treinos
e que Guga, em duplas, daria
mais experiência à equipe.
""Vim para cá para treinar
com a equipe, sem a expectativa de jogar, mas as coisas foram
acontecendo", disse Kuerten.
"Dei uma boa crescida nos últimos dias, estou me sentindo
bem, e nossa dupla tem experiência, é mais entrosada e pode dar mais chances ao Brasil."
A tarefa do país é dificultada
pelo fato de não contar hoje
com um atleta de elite. Longe
disso. Não há ninguém entre os
200 melhores do mundo.
Ricardo Mello, o tenista mais
bem colocado na equipe brasileira que enfrenta a Áustria em
Innsbruck, aparece apenas no
204º posto do ranking da ATP.
Para complicar ainda mais a
situação, o Brasil perdeu Flávio
Saretta (titular em simples) e
Marcelo Melo (em duplas) no
dia do embarque para a Áustria.
Os rivais contam com Melzer
(42º do mundo) e Stefan Koubek (54º) em simples, além de
Julian Knowle, campeão em
duplas no Aberto dos EUA.
Consciente do favoritismo
do rival, Bellucci espera que o
ranqueamento do adversário o
favoreça. ""Não fiquei surpreso
por jogar. Estou me sentindo
muito bem, confiante para
abrir o confronto, e a pressão é
toda dele [Melzer], favorito pelo ranking e por jogar em casa."
""[Bellucci] foi um investimento no futuro", explicou o
capitão Francisco Costa.
Na seqüência se enfrentam
Ricardo Mello e Koubek.
Apesar de apresentar uma
equipe consistente, a Áustria
está longe de ser o pior adversário nestas circunstâncias.
O sorteio poderia ter colocado no caminho do Brasil rivais
mais assustadores, como a Suíça de Roger Federer, o Chile de
Fernando Gonzalez ou a Austrália de Lleyton Hewitt.
Além disso, a Áustria traz
boas lembranças ao Brasil.
Foi contra esse mesmo oponente que o país selou, em
1996, o retorno ao Grupo Mundial depois de três anos.
NA TV - Brasil x Áustria Sportv 2, ao vivo, a partir das 7h
Texto Anterior: Santos: Lateral Kléber vira receio gremista Próximo Texto: Frase Índice
|