São Paulo, sexta-feira, 21 de setembro de 2007

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De sparring, Guga volta a ser protagonista na Davis

Outro parceiro de treinamento, Thomaz Bellucci, abre confronto com a Áustria

Comissão técnica seleciona tricampeão de Roland Garros, que diz ter viajado sem expectativa de jogar, para formar dupla com Sá

DA REPORTAGEM LOCAL

Levados à Áustria como meros sparrings (parceiros de treino), Gustavo Kuerten e Thomaz Bellucci foram alçados à condição de protagonistas da equipe brasileira na Copa Davis. O confronto com os austríacos começa hoje, às 7h.
Em quadra de carpete, os brasileiros tentam voltar à primeira divisão do tênis mundial, após ausência de quatro anos.
Na escalação divulgada ontem, Bellucci, 19, foi anunciado no jogo de simples que abre o duelo, contra Jurgen Melzer, e Guga nas duplas, com André Sá.
Originalmente, Guga e Bellucci iriam à Áustria apenas para ajudar na preparação. A comissão técnica avaliou que Bellucci vinha bem nos treinos e que Guga, em duplas, daria mais experiência à equipe.
""Vim para cá para treinar com a equipe, sem a expectativa de jogar, mas as coisas foram acontecendo", disse Kuerten. "Dei uma boa crescida nos últimos dias, estou me sentindo bem, e nossa dupla tem experiência, é mais entrosada e pode dar mais chances ao Brasil."
A tarefa do país é dificultada pelo fato de não contar hoje com um atleta de elite. Longe disso. Não há ninguém entre os 200 melhores do mundo.
Ricardo Mello, o tenista mais bem colocado na equipe brasileira que enfrenta a Áustria em Innsbruck, aparece apenas no 204º posto do ranking da ATP.
Para complicar ainda mais a situação, o Brasil perdeu Flávio Saretta (titular em simples) e Marcelo Melo (em duplas) no dia do embarque para a Áustria.
Os rivais contam com Melzer (42º do mundo) e Stefan Koubek (54º) em simples, além de Julian Knowle, campeão em duplas no Aberto dos EUA.
Consciente do favoritismo do rival, Bellucci espera que o ranqueamento do adversário o favoreça. ""Não fiquei surpreso por jogar. Estou me sentindo muito bem, confiante para abrir o confronto, e a pressão é toda dele [Melzer], favorito pelo ranking e por jogar em casa."
""[Bellucci] foi um investimento no futuro", explicou o capitão Francisco Costa.
Na seqüência se enfrentam Ricardo Mello e Koubek.
Apesar de apresentar uma equipe consistente, a Áustria está longe de ser o pior adversário nestas circunstâncias.
O sorteio poderia ter colocado no caminho do Brasil rivais mais assustadores, como a Suíça de Roger Federer, o Chile de Fernando Gonzalez ou a Austrália de Lleyton Hewitt.
Além disso, a Áustria traz boas lembranças ao Brasil.
Foi contra esse mesmo oponente que o país selou, em 1996, o retorno ao Grupo Mundial depois de três anos.


NA TV - Brasil x Áustria Sportv 2, ao vivo, a partir das 7h

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