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"Anêmico", São Paulo só empata
Equipe perde chance de liderar e confirma a falta de faro de gol sob o comando de Ricardo Gomes
Santo André 1
São Paulo 1
DA REPORTAGEM LOCAL
Os críticos de Muricy Ramalho no São Paulo diziam que
com o treinador no comando o
time sofria para marcar gols.
Mas ontem, ao empatar com
o Santo André por 1 a 1 e desperdiçar a chance de ganhar a
liderança provisória do Brasileiro, o São Paulo confirmou
que com Ricardo Gomes seu
ataque é ainda menos efetivo.
São 18 jogos no Nacional com
o atual técnico. Neles, o São
Paulo, que ao menos com o
ponto conquistado no estádio
Santa Cruz, em Ribeirão Preto,
tomou o segundo lugar do Internacional, marcou apenas 26
gols, ou 1,44 por partida.
Em nenhum dos três títulos
brasileiros sob o comando do
agora palmeirense Muricy o time teve números tão feios na
artilharia. Somando as três edições, obteve média de 1,73 gol
por partida. Em 2009, o São
Paulo tem apenas o 11º ataque
mais positivo da competição.
Contra o Santo André, que
começou e terminou a rodada
na zona do rebaixamento, o
ataque do São Paulo foi mais
uma vez anêmico. O gol de Jean
foi uma das raras chances produzidas pelo time. O goleiro
Neneca, do Santo André, pouco
trabalhou no resto da partida.
A equipe do ABC começou
melhor. Logo no primeiro minuto, reclamou de uma entrada
de Miranda no veterano Fernando, que o juiz não considerou como pênalti. O são-paulino primeiro tocou na bola, mas
depois, com o pé direito, derrubou o rival -a reclamação voltou a acontecer no intervalo,
quando a TV reprisou o lance
várias vezes. Só que o ímpeto do
Santo André durou pouco.
Até o São Paulo abrir o placar, aos 8min, com um gol construído por seus alas. Pela esquerda, Junior Cesar cruzou
com precisão para Jean bater
de primeira e superar Neneca.
Entrosamento que faltou para a dupla de ataque no final da
etapa, aos 45min, quando Dagoberto preferiu finalizar a tocar para Borges. Sem sucesso,
para irritação do companheiro.
O segundo tempo começou
modorrento, sem chances para
os dois lados. Isso só mudou aos
27min, quando o Santo André
trocou passes até a bola chegar
a Pablo Escobar, que chutou
rasteiro para empatar. O atacante paraguaio, naturalizado
boliviano, havia entrado no lugar de Marcelinho, lesionado.
"Foi um lance estranho, depois de uma rebatida", disse o
goleiro Rogério, que reclamou
do calor de Ribeirão Preto.
Depois do empate, mais uma
vez a partida entrou em ritmo
morno, e nem os cinco minutos
de acréscimos dados pelo árbitro fizeram o placar mudar.
O resultado foi comemorado
pelo Santo André, mas lamentado pelo São Paulo, empatado
só em pontos com o Palmeiras
- o rival completa a rodada depois de amanhã, contra o Cruzeiro . "Se jogarmos com essa
disposição, vamos permanecer
na primeira divisão", disse o volante Fernando, 42, do Santo
André, que na próxima rodada
pega o Sport, em Recife.
Já o São Paulo se prepara durante a semana para o clássico,
no Morumbi, contra o Corinthians, rival para quem perdeu
os últimos três confrontos.
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