São Paulo, segunda-feira, 21 de setembro de 2009

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"Anêmico", São Paulo só empata

Equipe perde chance de liderar e confirma a falta de faro de gol sob o comando de Ricardo Gomes

Santo André 1
São Paulo 1


DA REPORTAGEM LOCAL

Os críticos de Muricy Ramalho no São Paulo diziam que com o treinador no comando o time sofria para marcar gols.
Mas ontem, ao empatar com o Santo André por 1 a 1 e desperdiçar a chance de ganhar a liderança provisória do Brasileiro, o São Paulo confirmou que com Ricardo Gomes seu ataque é ainda menos efetivo.
São 18 jogos no Nacional com o atual técnico. Neles, o São Paulo, que ao menos com o ponto conquistado no estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto, tomou o segundo lugar do Internacional, marcou apenas 26 gols, ou 1,44 por partida.
Em nenhum dos três títulos brasileiros sob o comando do agora palmeirense Muricy o time teve números tão feios na artilharia. Somando as três edições, obteve média de 1,73 gol por partida. Em 2009, o São Paulo tem apenas o 11º ataque mais positivo da competição.
Contra o Santo André, que começou e terminou a rodada na zona do rebaixamento, o ataque do São Paulo foi mais uma vez anêmico. O gol de Jean foi uma das raras chances produzidas pelo time. O goleiro Neneca, do Santo André, pouco trabalhou no resto da partida.
A equipe do ABC começou melhor. Logo no primeiro minuto, reclamou de uma entrada de Miranda no veterano Fernando, que o juiz não considerou como pênalti. O são-paulino primeiro tocou na bola, mas depois, com o pé direito, derrubou o rival -a reclamação voltou a acontecer no intervalo, quando a TV reprisou o lance várias vezes. Só que o ímpeto do Santo André durou pouco.
Até o São Paulo abrir o placar, aos 8min, com um gol construído por seus alas. Pela esquerda, Junior Cesar cruzou com precisão para Jean bater de primeira e superar Neneca.
Entrosamento que faltou para a dupla de ataque no final da etapa, aos 45min, quando Dagoberto preferiu finalizar a tocar para Borges. Sem sucesso, para irritação do companheiro.
O segundo tempo começou modorrento, sem chances para os dois lados. Isso só mudou aos 27min, quando o Santo André trocou passes até a bola chegar a Pablo Escobar, que chutou rasteiro para empatar. O atacante paraguaio, naturalizado boliviano, havia entrado no lugar de Marcelinho, lesionado.
"Foi um lance estranho, depois de uma rebatida", disse o goleiro Rogério, que reclamou do calor de Ribeirão Preto.
Depois do empate, mais uma vez a partida entrou em ritmo morno, e nem os cinco minutos de acréscimos dados pelo árbitro fizeram o placar mudar.
O resultado foi comemorado pelo Santo André, mas lamentado pelo São Paulo, empatado só em pontos com o Palmeiras - o rival completa a rodada depois de amanhã, contra o Cruzeiro . "Se jogarmos com essa disposição, vamos permanecer na primeira divisão", disse o volante Fernando, 42, do Santo André, que na próxima rodada pega o Sport, em Recife.
Já o São Paulo se prepara durante a semana para o clássico, no Morumbi, contra o Corinthians, rival para quem perdeu os últimos três confrontos.


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